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Nós, brasileiros, somos muito afetivos, sentimentais e, consequentemente, gostamos de “curtir” a tristeza. Podemos constatar isso na nossa música raiz que cultiva tristeza, saudade e traição. Muito facilmente  e por qualquer motivo, acabamos entregando nossa alma a esse sentimento. O Senhor sabe que tivemos e teremos momentos tristes. Assim como Jesus disse: “Pobres, vós sempre os tereis”, Ele poderia dizer: “tristezas, vós sempre as tereis”.

O próprio Jesus passou por muitos desses momentos. Mas há uma total diferença entre ter tristeza e “entregar-se à ela”. Deixar-se ser tomado por ela: pressionado, atormentado e até escravizado.

Temos o vício de ficar recordando o que nos causou mágoas. Basta uma pessoa dizer algo que nos ofenda, já ficamos ruminando e aquilo cresce, se avoluma dentro de nós. É como as claras em neve: de tanto “bater”, ou seja, recordando, recordando o sentimento, cria volume dentro de nós. De repente, aquilo nos toma totalmente e nem conseguimos mais respirar.

Para que ruminar a tristeza?

Precisamos ser firmes. Não podemos acumular sentimentos ruins em nosso interior. Todas as situações dolorosas que vivemos já são mais que suficientes. Então, para que guardar e ruminar situações que nos fazem sofrer?

Seu filho vive lhe causando um enorme desgosto com a bebedeira, ao se drogar, vivendo a vida na prostituição? Seu marido lhe causa desgosto com a bebida, com jogo e vive causando problemas? Isso já é mais que suficiente. Você não precisa de nada mais além disso, muito menos ruminar sofrimento. É como o povo diz: “curtindo fossa”. Já basta o “sofrimento nosso de cada dia”!

O que não pode acontecer é ficarmos recordando a situação, remoendo-nos em nossos sentimentos, cultivando e curtindo ressentimentos. Isso se torna um verdadeiro tormento. É suicídio porque “a tristeza matou a muitos”.

Renuncie a tristeza

 Entregue ao Senhor todas as situações de tristeza e faça uma verdadeira renúncia:

“Senhor, renuncio ao mau hábito de ficar ruminando a tristeza. Renuncio a todos esses pensamentos diante de Ti e da Tua palavra. Retira de mim, Senhor, toda mágoa, todo ressentimento e todo gosto de ficar curtindo tristezas e decepções. Cura e transforma a minha mente, Senhor. Dá uma guinada na minha vida. Se aconteceu algo ruim, já é passado: não preciso mais ficar cultivando. Não quero, Senhor, eu renuncio. Obrigado, Jesus, porque me libertas e afastas de mim toda escravidão.”

Adriana Katia Potexki -nascida em Curitiba (PR), filha de pais cristãos e família com várias vocações religiosas, sempre vinculada a pastorais na igreja e desde jovem membro do Movimento dos Focolares. Mãe do Lucas Miguel, adolescente de 14 anos que adora aventura e é DJ católico.
Com formação em Psicologia, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), é terapeuta certificada pelo EMDR Institute e Brainspotting. Participou de diversos programas de TV e rádio, inclusive como apresentadora do programa “Psicologia e Arte” e “Psicologia e Espiritualidade”.
Autora do livro “Cura dos Sentimentos – em mim e no mundo”, (Editora Paulinas), “A cura dos Sentimentos nos Pequeninos – Papai e Mamãe brigaram” e “Vencendo os traumas que nos prendem – descubra os primeiros passos para recomeçar” (Editora Canção Nova)
É palestrante internacional, psicóloga clínica e colunista do Formação Canção Nova.

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