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A atividade voltada à “leitura de pessoas” acontece na Biblioteca Pública Municipal, a partir das 14h30

O projeto Livro Aberto – Convite para Ler Pessoas realizará seu segundo encontro na próxima quarta-feira (20), na Biblioteca Pública Municipal, localizada na avenida Rio de Janeiro, 413, Centro. A atividade começará às 14h30 e vai apresentar sete relatos de diferentes pessoas, os chamados “Livros Humanos”.

O encontro é gratuito, mas é necessário fazer inscrição para participar (clique aqui). No total, são disponibilizadas 35 vagas para quem quer acompanhar a ação, sendo cinco vagas para cada “Livro Humano”. Os interessados podem indicar, no formulário de inscrição, até três “livros” que gostariam de ler, e no momento da atividade serão direcionados para um deles.

O projeto tem patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic).

A ação tem como objetivo a “leitura de pessoas” para refletir sobre preconceitos presentes na sociedade. A ceramista Rosana de Andrade é a proponente da iniciativa, e afirmou que a atividade é importante para provocar questionamentos sobre esses preconceitos e despertar a empatia. “A biblioteca é um lugar propício para isso, porque é um lugar seguro, aconchegante e tranquilo, onde as pessoas podem se sentar em grupo e ter uma conversa aberta”, apontou.

Segundo Andrade, os temas abordados no projeto foram escolhidos pelo coordenador de cada biblioteca pública da cidade. “Cada região da cidade tem o seu entorno e a sua característica, então, foi através dessa escolha que nós buscamos os ‘Livros Humanos’ para poder representar esses temas”, frisou.

Os Livros Humanos escolhem se querem ler um relato escrito de suas vidas ou contar sua história de forma verbal. Após essa dinâmica, os participantes fazem um exercício de escrita livre sobre a experiência do encontro, que podem compartilhar com o resto do grupo.

A atriz, professora e terapeuta psicanalista Marina Stuchi é um dos “Livros Humanos” e esteve presente ao primeiro encontro do Livro Aberto. Em seu relato, ela abordou temas como a violência sofrida por mulheres.

Para Stuchi, o processo de compartilhar suas memórias com outras pessoas permite a ressignificação dessas histórias. “Você parte de algo que é seu, que é íntimo, mas que faz você encontrar ressonância nas outras pessoas”, afirmou.

No próximo encontro, o estudante de Pedagogia da Universidade Estadual de Londrina, Cléber Kronun Kaingang, se juntará aos “Livros Humanos”. O novo participante contou que foi apresentado ao projeto por uma indígena da etnia guarani, que já participou da ação. Assim, Kronun se interessou em dividir suas experiências. “Vou compartilhar minha história de acadêmico indígena, como eu cheguei na universidade, e os desafios que nós povos indígenas passam para chegar na universidade”, apontou. Ele também pretende contar um pouco sobre a cultura kaingang.

A diretora das Bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), Leda Araújo, destacou a forma com que as experiências de vida dos “Livros Humanos” podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida de outras pessoas. “As Bibliotecas, sendo uma instituição social por excelência, têm o papel de realizar parcerias para o desenvolvimento de ações como esta, tornando esses espaços mais vivos, dinâmicos e com mais interação com a comunidade”, pontuou.

Fernanda Ortenzi/NCPML

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