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Uma tecnologia de ponta está ajudando na recuperação de uma garotinha de 4 anos, que teve traumatismo craniano e está internada no Hospital Universitário de Londrina (HU). A história da menina foi contada por Cláudio Pereira, professor de Design e arquiteto da UEL, enquanto uma prótese com o formato da cabeça dela era impressa em 3D. “O HU envia a tomografia computadorizada, eu insiro na impressora, que leva de 5 a 20 horas para concluir o trabalho. Com isso, cirurgias que levavam meses, agora podem ser feitas em semanas”, conta o professor. Quando ficar pronta, a prótese vai ser enviada ao hospital.

Esta agilidade só foi possível por causa de um projeto que alia tecnologia, design e saúde. O Fab.iHU tem uma equipe multidisciplinar, coordenada por Pereira, que atende às demandas do HU. Das impressoras tridimensionais do projeto saem diversas próteses que auxiliam todo tipo de tratamento: suportes ortopédicos, modelos de válvulas vasculares, além de instrumentos que melhoram a qualidade de vida do paciente. Uma espécie de grampo, por exemplo, pode ser utilizado por homens que sofrem de incontinência urinária. Uma placa com formato de colmeia ajuda a evitar a formação de fibrose nos braços de mulheres que passaram por retirada das mamas.

Materiais de baixo custo e ecologicamente corretos

Cláudio conta que o projeto nasceu no período crítico da covid-19. “Quando estourou a pandemia, começou a faltar um monte de produtos no HU. A gente percebeu que poderia ajudar imprimindo essas peças, desenvolvendo e executando. Eu tinha uma impressora 3D e comecei a ajudar o hospital. Aí surgiu a ideia de a gente montar o laboratório”, conta o coordenador do projeto.

O professor conta ainda que o custo é baixo, uma vez que os materiais de impressão estão mais baratos hoje em dia. Inclusive garrafas pet recicladas podem ser utilizadas como insumo de impressão para alguns tipos de próteses. “Esta é uma maneira também de voltar material que seria jogado no lixo para a cadeia industrial e usar para a saúde”, ressalta Cláudio. A UEL conseguiu patentear recentemente uma válvula artificial que melhora a respiração de pacientes com traqueostomia. De acordo com Pereira, é uma tecnologia pé-vermelho que pode ser utilizada no mundo todo e a um baixo custo.

O estande do FAB.iHU está no Smart Agro, pavilhão de tecnologia e inovação da ExpoLondrina.

Peterson Dias/Asimp

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