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O AgroBIT Brasil Evolution foi aberto ontem (10). Na abertura, todos os membros da “mesa virtual” destacaram a importância da realização do evento para fomentar o uso e levar informações sobre as tecnologias e inovações e suas aplicabilidades ao homem do campo.

Antonio Sampaio, presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), co-organizadora do AgroBIT, destacou que a entidade está junto desde a primeira edição por acreditar ser importante a realização de um evento que leve ao produtor as inovações da área. “O produtor está muito focado no seu negócio e não tem tempo para ficar pesquisando sobre tecnologia e o AgroBIT leva a ele todas as possibilidades”. Sampaio também destacou que “só irá sobreviver na agropecuária, a médio e longo prazo, o produtor que voltar seus olhos para a tecnologia”.

O coordenador da governança do Agronegócio (Agrovalley), George Hiraiwa, também enalteceu a realização do evento como caminho para discutir o atual momento de rápidas inovações e comentou que estão participando do evento 26 startups do Brasil e do exterior, o que dá a dimensão da grandeza do evento e do setor no país.

Daiana Bisognin, diretora da F&B Eventos, organizadora do AgroBIT Brasil, salientou a importância da programação, que está intensa e traz muito conteúdo qualificado aos participantes.  Também participaram e falaram da importância que o AgroBIT Brasil tomou, chegando agora na terceira edição, o gerente Regional Norte do Sebrae, Fabrício Bianchi; diretor de Operações da entidade no Paraná, Julio Cesar Agostini; do diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do Ministério de Tecnologia, Ciência e Inovação, José Gustavo Sampaio Gotijo; e do secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Alves Correia Neto, representando a ministra Tereza Cristina.

Agricultura de Precisão e Fazendas Inteligentes

O segundo dia do AgroBIT Brasil Evolution, amanhã, quarta-feira (11)  traz uma agenda diversificada com painéis nas duas “arenas” virtuais do evento, além do “Encontro de Gestores de TI e Gestores de Inovação das Empresas do Agro”, no espaço Smart Farm e  três palestras no AgroBIT Carreira.

 “Aplicações da Agricultura de Precisão” inicia às 13h30, na Arena AgroFuturo, com mediação de Guy Tsimanuma, da Smart Value, com os painelistas Pellisson Kaminski, do Sistema Faep-Senar/PR e Elizeu Vicente dos Santos, da Cocamar Máquinas-Concessionária John Deere.

A Agricultura de Precisão (AP) hoje no Senar-PR é tratada como um programa especial. Desde 2012, o órgão vem oferecendo treinamentos específicos e investindo na atualização técnica do quadro de instrutores, com envolvimento de instituições referência, como a FATEC-Pompeia e a Esalq-USP. Dentro deste quadro, recentemente o Senar-PR firmou Termo de Cooperação Técnica com a Embrapa para os próximos quatro anos.

No painel do AgroBIT Brasil, Pellisson Kaminski aborda entre outras coisas, que as dificuldades encontradas para difusão de tecnologia passam principalmente pela variabilidade de situações, condições, culturas e hábitos dos produtores. “Alguns produtores adotam mais facilmente a tecnologia, pois mesmo antes desta, tinham o hábito de anotar os dados manualmente para servir de fundamento para a tomada de decisão. A tecnologia aumenta a escala de obtenção desses dados e auxilia na obtenção fazendo com que essa coleta de dados aconteça de forma automática na maioria das vezes. Esse produtor está preparado para absorver esta forma de gestão assim como aumentar sua sustentabilidade no negócio”, explica.

O painel “Fazenda Inteligente” inicia às 14h, também na arena AgroFuturo, com mediação de Guy Tsimanuma, da Smart Value, Os painelistas são Rodrigo Alff, da Climate Fieldview, Samira Baldassyn, da Basf e Roberson Marczak, da Adama.

O assunto movimenta o campo. E o moderador e produtor rural, Guy Tsimanuma, diz que o tema remete a fazendas conectadas e é relevante para a agricultura, porque hoje o agricultor compra bem, nem sempre consegue produzir bem e não consegue fazer um bom fechamento da sua safra. Então as ferramentas disponíveis no mercado podem auxiliar bastante. Tsimanuma complementa que, em um segundo momento, é extremamente importante abordar qual seria o futuro da agricultura e como as empresas observam este mercado, com a inteligência artificial, que já está aí. “Agora, quanto vai custar, como vai chegar para o agricultor e como será integrada, talvez seja a grande pergunta hoje. Também é importante discutir em “fazendas inteligentes”, os dados gerados e de que forma vão impactar em nosso futuro”, diz Tsimanuma.

Sob o ponto de vista de Roberson Marczak  e da empresa ADAMA o futuro da agricultura está caminhando a passos largos para finalmente transformar dados em valor para o agricultor. “A fazenda do futuro terá como pilar fundamental a integração de dados e a possibilidade de construção de ferramentas para auxiliar os produtores rurais a tomarem decisões de forma mais rápida e com um maior grau de certeza. O mercado de forma geral, seja de insumos de proteção de cultivo, de fertilizantes e sementes, já entendeu que no futuro as empresas não irão simplesmente mais ofertar seus produtos de forma segregada, mas terão que combinar sua oferta de produtos com serviços de AgTech, que possam otimizar a eficiência e utilização destes insumos. Eu não vejo outro caminho para a agricultura e para as fazendas do futuro que não seja uma forte correlação de trabalho com as tecnologias digitais”, afirma Marczak

 “Acreditamos em fazendas cada vez mais conectadas e com maior banco de dados a cada safra. O que vai determinar o maior ou menor sucesso de cada fazenda será a capacidade de, a partir dos dados, tomar decisões mais assertivas para maximizar a rentabilidade e sustentabilidade das fazendas” diz Rodrigo Alff, da Climate Fieldview. E reforça, “também acreditamos em um mercado cada vez mais de serviços onde empresas terão modelos de negócios, baseados em dados e que compartilhem risco com os agricultores. Estamos no início dessa jornada ainda, porém acreditamos que seremos muito mais sustentáveis com o uso dos dados”.

Asimp/AgroBIT 2020

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