Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Os recursos destinados a investimentos tiveram desempenho positivo

Faltando dois meses para finalizar a execução do Plano Agropecuário 2017/2018, médios e grandes produtores rurais contrataram R$ 117,6 bilhões de instituições financeiras, de julho de 2017 a abril deste ano. O montante representa 62,4% do total anunciado pelo Governo Federal para financiar a agricultura brasileira. O volume representa 13,2% de aumento em relação a igual período do ciclo anterior.

Os dados constam do Relatório de Financiamento Agropecuário referentes aos dez meses de liberação de recursos da atual safra, divulgado na sexta-feira (11) pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

As instituições financeiras liberaram R$ 93,4 bilhões (+ 10%) para operações de custeio (insumos, como fertilizantes, sementes, e defensivos agrícolas), comercialização e industrialização, e R$ 24,2 bilhões (+ 28%) para investimentos.

O secretário de Política Agrícola do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, destacou o aumento dos financiamentos para investimentos agropecuários, “notadamente, os destinados à ampliação da capacidade de armazenagem, à inovação tecnológica, à agricultura de baixa emissão de carbono e à modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais  (Programa ABC)”.

Os empréstimos para o Programa de Inovação Tecnológica na Propriedade Rural (Inovagro) atingiram R$ 830 milhões, com aumento de 132,3%. As aplicações no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) aumentaram 91%, somando R$ 579 milhões. Já o Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC) teve incremento de 50,5%, saltando de R$ 827 milhões para R$ 1,2 bilhão.

Os desembolsos do crédito rural no período totalizaram R$ 81,5 bilhões para a atividade agrícola e R$ 36 bilhões para a pecuária.

As contratações feitas com recursos oriundos da emissão de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) aumentaram 25,7%, atingindo R$ 17,1 bilhões. A LCA emitida pelos bancos é lastreada em direitos creditórios do agronegócio. O governo exige o direcionamento de 35% dos recursos dessa fonte para o crédito rural, sendo 14% a taxa favorecida e 21% a taxas livres.

O secretário Wilson Vaz de Araújo destaca a importância da LCA para o “funding” do crédito rural e o fato de não resultar em ônus para o Tesouro Nacional com equalização de taxas de juros.

Ainda em relação a fontes de financiamento para a produção, parte significativa foi de recursos controlados (juros com taxas favorecidas), representando R$ 85,8 bilhões (+ 73%). Os recursos a taxas livres (de mercado) alcançaram R$ 31,7 bilhões (52,4%).

Os recursos dos Fundos Constitucionais destinados à agricultura aumentaram 55,6% (R$ 8,2 bilhões), sendo que o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) teve alta de 82%, ou seja, R$ 5 bilhões.

O desempenho do crédito rural com recursos da poupança rural também merece destaque no relatório da SPA, com incremento de 18,8% (R$ 31,8 bilhões) a taxa controlada e de 403,6% (R$ 9,2 bilhões) a taxas livres. O governo estabelece que 60% dos depósitos na poupança rural sejam destinadas ao setor agropecuário.

Já os recursos obrigatórios chegaram a R$ 34,2 bilhões no período de julho/2017 a abril/2018. Os recursos obrigatórios são oriundos da exigibilidade bancária dos depósitos à vista, onde 34% desses valores são para financiar a agricultura.

Inez De Podesta/Asimp

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.