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O Paraná não pode mais esperar. É por isso que precisamos somar forças para que o plano de antecipar o fim da vacinação contra a febre aftosa no rebanho bovino seja concluído em 2018. O encaminhamento de um manifesto ao governador Beto Richa - assinado por mais de 200 entidades ligadas à produção pecuária do estado, como associações, cooperativas e sindicatos, é uma demonstração de que o setor está unido para tornar o nosso estado área livre da aftosa.

O Programa Nacional para Erradicação da Febre Aftosa do Ministério da Agricultura prevê área livre em novembro de 2020 e, assim, o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) só viria em 2023.

Porém, o empenho dos criadores de animais de corte e o trabalho dos órgãos de fiscalização sanitária, conquistaram um grau de confiabilidade que possibilita a revisão desses prazos. 

Tornando-se área livre de febre aftosa, no ritmo esperado pelo restante do Brasil, o setor produtivo de proteínas animais passaria por uma transformação muito positiva, pois facilitaria a inclusão da carne bovina e de outros animais em mercados mais concorridos e valiosos.

Enquanto a vacinação for mantida, 65% dos países que consomem carne suína, vão continuar evitando a nossa produção.  Hoje não temos acesso a mercados importantes, como o Japão e a Coreia do Sul, que compram carne suína apenas de produtores que estão em áreas livres da aftosa. Esse isolamento e discriminação atrapalham toda a cadeia de produção e trazem prejuízos para o bolso dos criadores.

A exceção é Santa Catarina, que há dez anos é o único estado brasileiro livre da doença e reconhecido internacionalmente. Segundo dados da Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, a posição sanitária trouxe um aumento de 80% nas receitas com exportação de carne suína e 76% no faturamento da carne de frango, que em 2016 atingiu a marca de 1,7 bilhões de dólares.

Ao longo dos últimos anos, todas as normas e recomendações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da OIE, responsáveis pelo reconhecimento nacional e internacional respectivamente, estão sendo seguidas para alcançar o padrão almejado por aqui.

Os números de vacinação contra a febre aftosa no Paraná são altos, atingindo índices superiores a 95%. A maior parte das propriedades com bovinos é georreferenciada e a meta é chegar a 100% até o final de novembro.

O setor agropecuário, por meio de suas lideranças, junto com a Secretaria da Agricultura e Abastecimento e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), tem demonstrado ter condições reais de se antecipar na transição e levar, com segurança o nosso estado a ocupar o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, trazendo benefícios, com o aumento da receita e maior geração de empregos. O meu apoio para essa conquista está garantido.

Plauto Miró Guimarães Filho é deputado estadual e primeiro secretário da Assembleia Legislativa do Paraná.

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