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Ao participar da Expointer, Tereza Cristina garantiu que o governo trabalha para solucionar endividamento de produtores rurais

Ao visitar a 42ª Expointer na quinta-feira (29), a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse que o governo trabalha para baixar os juros para os produtores rurais. Segundo ela, uma das medidas que estão sendo trabalhadas é a redução do spread praticado pelo BNDES na linha de repactuação de dívidas, dos atuais 1,5% para 0,8%. Isso faria com que o custo final ao produtor fosse menor.

“Estamos brigando para baixar o juro dessa linha. Esse juro não cabe na conta do agricultor, principalmente aquele que tem problemas no passado, que carrega dívidas”, disse a ministra. A ideia é que o custo dos juros caia de 11% para 9%. 

Tereza Cristina disse também que está trabalhando para convencer outras instituições financeiras oferecer essa linha de financiamento. “Precisamos de mais gente dentro dessa linha. Isso vai trazer mais recursos e mais opções para os produtores, principalmente o de arroz que tem mais urgência de acesso. Tenham a certeza de que nós vamos até o último minuto e sabemos da urgência de resolver esse problema”, disse.

A ministra disse que pediu à Embrapa se debruce de maneira profunda sobre os problemas enfrentados pelos produtores de arroz do Rio Grande do Sul. “Precisamos ter uma saída para isso. Nossa preocupação é deixar esse setor de pé novamente, não podemos prescindir do setor arrozeiro, que é importantíssimo no nosso país”, disse.

Realizada em em Esteio (RS), a Expointer é considerada a maior feira agropecuária da América Latina. A ministra vai ficar até amanhã na feira, para ouvir as demandas do setor. Nesta quinta-feira, será aberto oficialmente o Pavilhão da Agricultura Familiar.

Abertura de mercado

Tereza Cristina também relatou o esforço do Ministério da Agricultura para abrir novos mercados aos produtos agrícolas brasileiros. Ela lembrou o acordo firmado no com México em maio para a exportação do arroz, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, o acordo entre Mercosul e EFTA e citou que próximos acordos devem ser assinados com o Canadá, Singapura e Coreia do Sul.

A abertura do mercado de carnes para a Indonésia, anunciada ontem também foi destacada pela ministra. “Temos muitos desafios, mas temos perspectivas enormes. Precisamos abrir nossas cabeças e nos modernizar”, ressaltou.

Informações

A ministra anunciou que na próxima semana será inaugurada no Ministério da Agricultura uma sala de situação para monitoramento de dados sobre índices agronômicos, zootécnicos, de cadastros de terras, e também números ambientais. “Temos que ter essa parte consistente para repassar com segurança e números verdadeiros. O Brasil não precisa maquiar dados para mostrar que é uma potência agrícola sustentável”, disse a ministra.

Segundo ela, hoje o Brasil sofre um ataque mundial porque todos têm medo do agronegócio brasileiro. “O Brasil é uma potência agrícola e ambiental. Toda essa propaganda e fake news que estão criando fora do Brasil para atingir o nosso agronegócio temos que responder com respeito e com seriedade, mas temos que mostrar os números”, disse, lembrando que neste ano o Brasil aumentou a produção em 6% e cresceu apenas 0,6% em área produzida.

Na Expointer, a ministra também se reuniu com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, com o embaixador interino dos Estados Unidos, William Popp, para debater os impactos dos acordos comerciais no agronegócio do Rio Grande do Sul e soluções para a produção de arroz no estado. Também esteve com representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária.

Asimp/Mapa

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