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A governadora Cida Borghetti comunicou na segunda-feira (13), na Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), que encaminhou um ofício ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, manifestando o compromisso do Governo do Estado de implementar as ações necessárias para que o Paraná receba a certificação internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação.

O documento salienta que o Estado está disposto a cumprir as medidas apontadas em uma auditoria realizada em janeiro deste ano pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), do Ministério da Agricultura, no Serviço Veterinário Estadual. Uma nova auditoria deve ser realizada em setembro para verificar como o Estado tem cumprido os requisitos previstos no Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (Pnefa). A proposta do Estado é deixar de vacinar o rebanho em maio de 2019.

A decisão de avançar no pedido de reconhecimento internacional foi tomada após uma série de discussões com as entidades representativas do agronegócio paranaense, afirmou a governadora. “A pressão foi grande, mas é preciso ter atitude. Escutei atentamente e me aconselhei por onde passei ao longo dos últimos dias e estamos certos de que estamos fazendo a coisa certa”, disse Cida.

O presidente da Faep, Ágide Meneguette, reconheceu que a decisão de reivindicar o certificado de área livre da aftosa sem vacinação não foi uma tarefa simples. “Sei a pressão que a governadora passou nos últimos dias. Quero registrar o agradecimento, porque sei que não foi fácil. A pressão feita foi muito grande, mas o Estado preferiu escolher este lado”, disse.

Maior Produtor

O Estado é o maior produtor de proteína animal do Brasil, com uma produção de R$ 5,1 milhões toneladas de aves, suínos e bovinos. O reconhecimento internacional de área livre da doença sem a vacina deve impulsionar essa cadeia, abrindo novos mercados de exportação para a carne paranaense.

No ofício endereçado ao ministro Maggi, o Governo do Estado deixa claro que investe para manter uma defesa agropecuária permanente, robusta e compatível com a importância do setor para a economia paranaense. “Para que se chegasse ao bom nível atual, as ações de governo e participação do setor privado foram fundamentais, com investimento em infraestrutura, equipamentos de informática e de laboratórios, além da criação de fundos públicos e privados”, diz o documento.

Também é citada a criação, em 2011, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), por sugestão do setor privado. “Investimentos estão sendo feitos para dar sustentabilidade e regularidade à certificação sanitária dos rebanhos e plantéis paranaenses com segurança”, diz o ofício.

O diretor-presidente da Adapar, Inácio Kroetz, explicou que o Estado avança no diálogo e em estudos técnicos para conseguir atingir o status de área livre de aftosa. “O principal requisito é ter uma boa defesa agropecuária e um serviço robusto de defesa sanitária para atingir essa certificação. Investimentos estão sendo feitos nesse sentido”, disse.

AEN

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