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Setor sente impactos da Operação Carne Fraca, mas já segue caminho da retomada

O fechamento do mês de março aponta os reflexos da Operação Carne Fraca no setor avícola paranaense. As exportações da carne de frango apresentaram leve queda de 5,5%, em março, no estado se comparado ao mesmo mês de 2016, indicam os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Ao todo, 141,98 mil toneladas da proteína foram embarcadas no Paraná, em março ante 150,24 no mesmo mês do ano passado. O volume, mesmo sendo menor, gerou uma receita de US$ 230.186.721 superior ao US$ 205.536.685 registrados em 2016, indica o levantamento da Secex.

De acordo com o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), o pequeno decréscimo no volume se deve às iniciais barreiras impostas aos produtos cárneos brasileiros após a deflagração da Operação, que já foram derrubadas por diversos países como China, Hong Kong, Irã e Coreia do Sul que retomaram as importações da proteína. Com isso, as exportações da proteína se aproximaram de sua normalidade.

Já o acumulado do primeiro trimestre do ano mostra alta de 7,1% nas exportações da carne de frango no Paraná totalizando 393,75 mil toneladas embarcadas contra 367,42 no mesmo período em 2016. A receita alcançou US$ 637.471.876 no primeiro trimestre, valor superior aos US$ 505.468.463 do mesmo período do ano passado. No acumulado, o estado responde por aproximadamente 36% de todos os embarques da proteína no Brasil, mantendo o status de maior exportador avícola do país.

Abate

O levantamento realizado mensalmente pelo Sindiavipar sobre abate de frango no estado aponta crescimento na produção paranaense. Em março, 163,08 milhões de cabeças foram abatidas ante 156,15 no mesmo mês do ano passado. O volume é 4,4% superior. O trimestre também foi positivo com alta de 2,8% na produção, totalizando 452,85 milhões de aves ante 440,38 nos três primeiros meses de 2016.

Expectativas

Devido à queda de barreiras impostas inicialmente aos produtos cárneos brasileiros e o entendimento dos consumidores de que as falhas que eventualmente venham a ser comprovadas são exceções em um modelo produtivo de referência em sanidade e qualidade, o Sindiavipar avalia que a retomada do setor já se iniciou. Com a recuperação das exportações e da comercialização interna, o sindicato projeta um crescimento em torno de 3% nos embarques e na produção de carne de frango no Paraná em 2017, ainda inferior ao aumento entre 3% e 5% previsto ao fim de 2016 para este ano.

Asimp/Sindiavipar

#JornalUnião

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