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A edição deste ano foi uma das mais significativas em propostas de financiamento para máquinas e implementos agrícolas da história da ExpoLondrina. Levantamento preliminar realizado pelas seis instituições financeiras presentes na feira indica contratos de intenção que totalizam cerca de R$ 340 milhões em linhas de crédito agrícola. 

O Banco do Brasil já havia assinado, até sábado, penúltimo dia da Expolondrina 2017, cerca de 700 operações de intenção de financiamento, que é o passo inicial do processo. O superintendente regional do Banco do Brasil, Felício Stefani, estima em R$ 220 milhões os pedidos de recursos para aquisições de máquinas, implementos e veículos utilitários feitos na feira com recursos da instituição. Esse valor equivale a três vezes o total financiado na feira no ano passado, que ficou em torno de R$ 75 milhões. Apenas um produtor da região assinou, no sábado, contratos de financiamento para duas colheitadeiras, num total de R$ 1.550.000,00.

Stefani afirma que este ano o Banco do Brasil operou com recursos próprios na feira, sem limite. “O banco abriu os cofres nesta feira”, enfatiza o superintendente. Além da disponibilidade de crédito, a opção por trabalhar com recursos próprios deu ao BB mais agilidade no trâmite dos contratos. O banco também fez um intenso trabalho pré-feira, principalmente junto aos revendedores de máquinas presentes na Expolondrina 2017. Este ano, o BB manteve funcionários treinados dentro dos estandes de revendas, esclarecendo dúvidas e encaminhnado as propostas de contrato com pré-aprovação. -

A Caixa Econômica Federal movimentou R$ 45 milhões em financiamentos durante a feira, a maior parte para máquinas e implementos. Segundo o gerente da Plataforma Empresarial da Superintendencia da Caixa no Norte do Paraná, Luiz Gastão Pinto Junior, outros R$ 4 milhões deverão ser fechados nos próximos dias. Na participação anterior da instituição na Expolondrina, em 2015, a Caixa havia fechado contratos de crédito rural de R$ 20 milhões.

A movimentação financeira desta edição foi a maior já feita pela Caixa, que opera crédito agrícola há cinco anos. “Posso garantir que estaremos presentes na 58ª edição da Expolondrina”, antecipa Gastão. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) já havia encaminhado, até sábado, pedidos de financiamento num valor total de R$ 45 milhões, dos quais R$ 40 milhões do agronegócio. Isso representa um crescimento de 20% em relação ao ano passado. “Esperamos encerrar a feira com um volume de R$ 50 milhões”, afirma o gerente de Atendimento Empresarial do banco, João Carlos Kuritza. 

A maior parte dos contratos do BRDE foi para aquisição de máquinas e para construção de silos de armazenagem de grãos. “Sempre participamos da Expolondrina, que é uma das feiras mais importantes para o BRDE”, argumenta Kuritza. Ele ressalta que a feira gera um volume muito grande de contatos com empresários de vários perfis, o que permite ao banco trabalhar o resto do ano com esse público.

“Todas as propostas de crédito rural de nossos associados já foram encaminhadas para análise da Superintendência Regional e sendo viáveis serão finalizadas”, informa o gerente regional da cooperativa de crédito Sicredi União PR/SP, David Conchon. Segundo ele, a cooperativa, que trabalha com recursos próprios e repasses de outras instituições financeiras, como BNDES e BRDE, tem recursos suficientes para atender a todas as propostas. Só dentro da feira, foram liberados cerca de R$ 25 milhões. 

Conchon também ressalta a importância da ExpoLondrina para relacionamento com associados e novos associados.  Todos os novos associados que abriram conta na Sicredi União até o final da exposição ganharam convites para os shows realizados na Arena João Milanez.

Ele destaca que a Sicredi União é parceira da Sociedade Rural não só na ExpoLondrina – nesta edição também foi patrocinadora Master do Pavilhão Smart Agro - ; mas durante o ano todo, em ações que refletem em novos conhecimentos e defesa de interesses da classe produtora.

Em seu segundo ano operando linhas de crédito rural na Expolondrina, o Sicoob Norte do Paraná fechou R$ 2 milhões em contratos durante a feira e tem previsão de liberar outros R$ 8 milhões nas próximas semanas em negócios gerados dentro da exposição. A movimentação é considerada muito positiva pela cooperativa de crédito, diz o gerente geral da instituição, Emerson Ferrari.

A cooperativa está otimista com a crescimento de sua carteira rural, que passou de R$ 20 milhões há um ano para R$ 80 milhões, atualmente. “Temos disponíveis recursos para financiamento agrícola de até R$ 100 milhões ao longo desse ano”, revela Ferrari. Esse volume de crédito está disponível para contratos que forem fechados a partir de agora pelo Sicoob.

Máquinas e implementos

As revendas de máquinas e implementos agrícolas consideram positivo o desempenho da comercialização durante a Expolondrina 2017. O responsável pelo setor de vendas da cooperativa Integrada, André Rabelo, afirma que houve um crescimento expressivo no segmento de plantadeiras e semeadeiras. “Em 2016 comercializamos quatro dessas máquinas e na feira desse ano já temos 14 unidades”, afirma Rabelo.

Até a manhã de ontem, último dia da feira, a Integrada já havia fechado contratos no valor total de R$ 2,3 milhões e a estimativa, considerando as negociações em andamento, era de chegar a R$ 3,2 milhões durante o evento. Na edição anterior da ExpoLondrina, a cooperativa registrou uma comercialização de R$ 2,1 milhões. “Para nós, a feira gera negócios o ano todo e não apenas nos 11 dias de exposição, porque aqui fazemos muitos contatos e geramos relacionamentos que vão resultar em negócios futuros”, diz Rabelo.

O gerente de vendas da Dimasa, revenda Massey Ferguson, Alexandre Rodrigues Simão, afirma que a comercialização foi boa, mesmo com os preços da soja em queda, que leva os produtores muitas vezes a repensar o investimento em máquinas. No final da manhã de domingo, a Dimasa somava R$ 3,5 milhões em pedidos de financiamento.

Simão considera esse valor muito bom, principalmente se comparado à comercialização registrada no ano passado, que ele define como “desastrosa”. “O cenário do setor produtivo hoje é muito diferente, bem mais positivo. No ano passado o agricultor nem vinha no estande. Agora tivemos boa comercialização e presença de produtores. Assim, vamos trabalhar firme no pós-feira.”  

“Foi ótimo, só não foi excelente porque o preço da soja está baixo”, resume o gerente comercial das DHL, revenda da Valtra, Adauto Rocha. A empresa deve encerrar a feira  com uma comercialização de R$ 4 milhões em máquinas de pequeno porte (tratores e implementos) e de cerca de R$ 1,5 milhão em pulverizadores.

“Esse ano será muito melhor do que 2016”, prevê Rocha, referindo-se ao desempenho do segmento de máquinas e implementos ao longo de 2017. Ele acredita que muitos negócios iniciados durante a feira serão fechados até o final do mês, porque os produtores vão aguardar que a soja melhore de preço. 

ASCOM/EXPO

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