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Do aviário à indústria, crescem investimentos em tecnologia e capacitação para reforçar procedimentos sanitários

O setor avícola mantém atenção constante e crescente às normas de sanidade. Os cuidados com a manipulação de ovos, pintainhos e aves vêm sendo intensificados ao longo de toda a cadeia produtiva da carne de frango. A obsessão tem dois motivos: o alto grau de exigência do mercado externo; e a preocupação com o desempenho dos animais ainda na granja.

“Os ambientes são mais controlados do que em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) hospitalar. O monitoramento é extremo”, destacou o membro da Expedição Avicultura, Igor Castanho. A equipe de técnicos e jornalistas visitou produtores e indústrias nas regiões Norte, Noroeste e Oeste do Paraná durante o primeiro roteiro da terceira edição do projeto.

As visitas às granjas, aos matrizeiros e aos incubatórios são todas registradas. Antes de entrar nas instalações, é preciso tomar banho, vestir roupas específicas e respeitar vazio sanitário de no mínimo 48 horas. Na saída, a preocupação continua e, muitas vezes, todos têm de tomar banho novamente antes de deixar o local.

Além de respeitar todos os procedimentos sanitários, a avicultura está investindo em novas tecnologias e na capacitação de seus colaboradores. Em Palotina (PR), a C. Vale – Cooperativa Agroindustrial utiliza ninhos automáticos para reduzir o contato direto dos funcionários com os ovos e evitar perdas no incubatório. Com a inserção de sistemas computadorizados, foi preciso reabilitar a mão de obra disponível na empresa.

Para atender a demanda das indústrias por qualificação, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) construiu um centro de treinamentos em Assis Chateaubriand (PR). A unidade é uma granja escola que oferta, de forma gratuita, cursos com duração de dois dias e meio. Até o final de 2015, 60 turmas terão sido certificadas a operar sistemas de gerenciamento das granjas.

Motivação

Tudo isso é feito rigorosamente para atender as exigências do mercado externo, que não só dita as normas, como também fiscaliza a aplicação. Em algumas plantas industriais, existem fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que acompanham todo o processo para garantir a habilitação à exportação.

A preocupação com sanidade também está ligada ao rendimento das aves, aponta a equipe da Expedição Avicultura. A taxa de conversão de ração em carne é facilmente reduzida se a ave for exposta a alguma doença ou condição desfavorável durante o período de engorda.

Camila Tsubauchi/Asimp/

#JornalUnião

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