Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Calcula-se que entre 10 e 15 dias já esteja clara a dimensão da quarta onda do Covid-19 ao nosso país. Os casos da variante Ômicron, vinda da África do Sul, poderão aumentar e, também, chegarem outras cepas. Esse quadro sinistro nos conduz à necessidade de se manter o uso da máscara e o distanciamento pessoal, para evitar possível contaminação, adoecimento e morte. A suposição é de que tenhamos de manter a guarda levantada no Natal e Ano Novo e prestar muita  atenção na evolução do quadro pandêmico para mais à frente definir quanto à realização (ou não) do Carnaval. Os prefeitos das cidades onde o evento é de grande porte têm dito que não devem simplesmente cancelá-lo com três meses de antecedência, como já fizem os administradores das localidades médias e pequenas, onde a festa não tem grande significado econômico. O momento é de atenção porque, ao que tudo indica, a tormenta, embora enfraquecida, ainda é presente e a ameaça de seu recrudescimento real.

Já temos 84,82% da população vacinados com a primeira dose, 64,07% com duas doses e 8,35% receberam a terceira, também identificada como dose de reforço. O quadro é positivo, mas preocupa a existência de 20 milhões de indivíduos que se vacinaram mas não voltaram para receber a segunda dose. Sem duvida, esses estão expostos a riscos maiores que os imunizados com a segunda e a terceira doses. Além de poderem adoecer mais facilmente, tendem a ser os hospedeiros para o coronavírus continuar circulando e fazendo vitimas. É preciso encontrar argumentos para que completem a vacinação. Se necessário, endurecer a relação, impondo restrições à entrada em locais onde possam transmitir o mal. Deveria m, por exemplo, ser impedidos de frequentar estabelecimentos comerciais, atividades esportivas e culturais, só tendo acesso mediante a apresentação do comprovante de vacinação ou da realização do teste de resultado imediato (arcando com o seu custo). Por mais razões que possam invocar para não receber a vacina, ninguém deveria poder circular livremente sem ter se imunizado, pois tais pessoas poderão ser as disseminadoras e prolongadoras da crise sanitária e de suas consequências.

A essa altura, vivemos a curiosidade de saber que o coronavirus Ômicron já chegou ao país mas não termos informação concreta sobre sua letalidade e a vulnerabilidade dos diferentes grupos etários ao seu ataque. As primeiras notícias são de que a transmissibilidade é alta mas a gravidade da infecção é menor do que a das cepas com as quais já convivemos. Há, ainda, a preocupação com as crianças, até agora pouco atingidas pelo Covid-19. Enquanto a maioria dos adultos já está vacinada, a imunização dos pequenos está apenas no começo.

Por mais desconfortável que seja, o importante é cada individuo fazer todo o possivel para não se contaminar e, principalmente, para continuar vivo. Até os incrédulos na vacina têm o dever de se proteger. Se não for para a defesa da própria vida, que seja em respeito às pessoas com quem convivem. As autoridades sanitárias devem estar pesquisando o Ômicron e a possibilidade de outras variantes chegarem ao  território brasileiro na esteira da quarta onda. Do seu trabalho e orientação dependem tanto as providências que os governos adotarão para proteger a população quanto o comportamento de cada cidadão. Por mais que se faça para impedir a chegada das diferentes “famílias” do vírus , isso é praticamente impossível pois antes delas serem identificadas já estão atuando em campo aberto, na população. E os infectados, antes de identificados, são os transmissores. O momento é de prevenção. Melhor deixar de ir a festas do que correr o risco de – como ocorreu durante vários meses – não poder sair à rua e nem exercer o trabalho que garante a subsistência própria e da família...

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)  - aspomilpm@terra.com.br 

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.