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A institucionalização da proteção extrema da criança e adolescente no Brasil ao longo desse breve tempo trouxe um prejuízo enorme à educação. Vemos ações do infrator na faixa que sai da infância para o seu amadurecimento deixando muitos apavorados e desapontados. Num dos depoimentos de um jornalista que foi cobrir notícias policiais e, em dado momento, se deparou com um menino de 14 anos sentado esperando para ser autuado por porte ilegal de arma de fogo. De acordo com seu raciocínio pensou: “mais um moleque que não fica preso, então não irei perder tempo”, mas enquanto aguardava outra ocorrência que estava a caminho da delegacia houve uma aproximação mais estreita e o repórter indagou dando-lhe conselhos. – “Sai dessa, rapaz, você vai morrer, pois saiba que a vida das drogas e do crime não compensa”. Nesse momento o jovem que até então estava calado olhou para o “conselheiro” e disse:

- Esse papo do senhor eu já cansei de ouvir. Estava armado porque vendo droga, e ganho muito fazendo isso, mas antes de ser vendedor eu trabalhava numa oficina e sabe o que fizeram? Denunciaram o dono porque eu estava trabalhando lá, ele me pagava legal, eu tinha minhas coisas, meu tênis, tinha tudo... Mas, ele teve que me mandar embora se não poderia ser preso, e acho que até hoje está respondendo na justiça por ter dado emprego para um menor. Depois fui trabalhar na feira da Avenida Antonio Sanches, trabalhei por sete meses e sabe o que aconteceu? A mesma coisa que ocorreu na oficina. Tive de sair. Não sei quem é meu pai. Minha mãe é uma coitada. Eu tentei trabalhar honestamente, e até trabalhava e estudava certinho, mas, não deixaram e eu achei no tráfico o meu sustento e de minha casa. Então guarde seus conselhos para estes safados que vocês votam, pois acham que menor não pode trabalhar, mas, pode roubar até matar, traficar. Entrei nessa vida porque sem trabalhar não posso ter minhas coisas, comer um sanduíche ou ir ao cinema. Traficando eu tenho o que preciso e enfrento essas coisas agora. O repórter disse ficar sem palavras, entendendo que há vítimas do sistema. Nesse caso foi um garoto de 14 anos que o deixou mudo e estático mostrando-lhe enquanto houver escolhas políticas erradas do eleitor, a tendência será provocar um enorme estrago no futuro de nossas crianças. É fundamental escolher bem, não vamos dizer para o melhor, porque realmente não é fácil, mas, para aquele não comprometa o que foi construído ao longo do tempo. É fundamental ver quem realmente merece o nosso voto. E se é preparado para a função, além dos quesitos pelo menos suportáveis para o cargo. A inclusão de analfabetos na vida pública tem provocado um “tsunami” ao povo. É fundamental analisar essa particularidade.

As eleições estão se aproximando. Não é possível mais o povo assistir pela televisão políticos comprometidos com o crime, como se fossem imaculados julgarem médicos e outros integrantes da vida pública que, a nosso ver, estão empregando todos os seus esforços para fazer o Brasil, uma nação genuinamente independente.

É fundamental escolher bem para não termos de assistir o Brasil amordaçado, sendo corroído em sua essência o comprometimento de seu futuro, não apenas com desvios para paraísos fiscais, mas, ferindo de morte a educação das crianças que podem perfeitamente transformar o país não numa nação de prosperidade em todos os sentidos, pois nessa legislatura houve até destruidores de formação cristã querendo instituir nas escolas uma formação nefasta para que as crianças pudessem escolher o sexo, ainda em seu nascedouro.

Inegavelmente, um absurdo

Edilson Elias  - é jornalista, escritor, membro da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina e presidente do jornal FATOS DO PARANÁ

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