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Alívio. Essa a sensação que envolve a população dos 645 municípios paulistas, agora desobrigada do uso da máscara em locais abertos e fechados, exceto nos prédios de atendimento à Saúde e no transporte público. E o melhor é a “garantia” que o governo do Estado e o seu comitê científico dão sobre a medida. Ela só é possível porque temos 90,27% da população acima de cinco anos vacinados e caíram significativamente os números de internações e óbitos. Isso dá a sensação de que a pandemia está no fim, embora ainda haja a necessidade de alguns cuidados.

Desde que os primeiros casos de Covid-19 surgiram, a vida do brasileiro virou de cabeça para baixo. O radicalismo de algumas autoridades que tentavam controlar a pandemia “por decreto” e com medidas extremadas incomodou e revoltou a população. Prisões executadas por agentes despreparados para o cumprimento das duvidosas ordens que recebiam de seus superiores deram muito o que falar. As tentativas de aproveitamento eleitoreiro da crise sanitária escandalizaram a população e certamente serão cobradas de muitos agentes políticos nas próximas eleições. As decisões do Supremo Tribunal Federal – que preteriram o presidente da República e declararam governadores e prefeitos como executores do plano de combate ao mal -– e a que exigiu do Senado a montagem da desastrosa CPI da Covid, tendem a, passado o mal, oferecer subsídios (positivos ou negativos) para a analise da atuação dos ministros. A Covid-19 teve, sem dúvida,  a potência de um tsunami em nosso país e ainda demorará um bom tempo para retornarmos a normalidade. Até o Carnaval acabou. Mas, pro previdência das autoridades e das agremiações que o realizam, poderá ainda acontecer esse ano, no fim de abril ou ainda nos meses seguintes, dependendo de como seguirem os levantamentos do rescaldo pandêmico.

O certo é que a retirada da máscara devolve ao cidadão a identidade facial camuflada durante os últimos dois anos. Não teremos mais de prestar atenção dobrada aos olhos para identificar se nosso interlocutor está sorrindo, aprova ou rejeita aquilo que dizemos. O conjunto facial é o que diz tudo. Espera-se que a população compreenda o momento importante e se mantenha dentro dos parâmetros que as autoridades sanitárias indicam como seguros para esse momento. Da mesma forma que poderão frequentar bares, academias, clubes, supermercados, shoppings e outros locais fechados de face exposta, aceite as restrições ainda mantidas para os pontos de serviços de saúde e do transporte público . Elas decorrem de parâmetros e estudos derivados de outras partes do mundo que também tiraram a máscara.

Mas, é bom lembrar que – diferente do uso do adereço, que foi compulsório desde maio de 2020 - a sua retirada não é obrigatória. Quem por alguma razão, se sentir mais seguro mantendo o rosto coberto, poderão fazê-lo e não deve ser criticado por isso. A volta ao normal depois de um desastre desse porte, que custou a vida de mais de 650 mil brasileiros, exige paciência e calma. Torcemos para que tudo termine bem e o mais fápido possível... 

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) - aspomilpm@terra.com.br 

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