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E o rei tupiniquim Luís XIV, Jair Bolsonaro, aquele que se considera a própria Constituição,  agora de fato começou a governar ao seu estilo despótico -  que nem nos governos do PT coisa semelhante existia.

Pergunta-se aos bolsonaristas radicais obscurantistas e mais parvajolas que os petralhas:  qual a explicação razoável das atitudes quixotescas  do capitão Bolsonaro? Citem uma justificativa sequer, senão de caráter pessoal e familiar de Bolsonaro, para ele insistir na mudança do diretor-geral da Polícia Federal?

Ora, Sérgio Mora não foi para o governo para ser fantoche do presidente da República nem atuar de acordo com os interesses não republicanos do governo.

Pois bem, hoje assistimos à máscara cair daquele que tinha como bandeira de campanha combater a corrupção e a moralidade pública e por isso foi buscar o ex-juiz Sérgio Mora para desempenhar tal função, dando-lhe carta-branca para atuar e indicar os seus assessores. Carta esta que agora o presidente rasga  melancolicamente diante do país. Ou seja, falta ao presidente da República credibilidade nas palavras empenhadas.

Vale aqui evocar o escrito por um anônimo:  “A palavra reflete a atitude de cada pessoa. Se cumprida em sua totalidade há que se creditar na seriedade pessoal. Se descumprida tem nela embutida a mentira e por consequência a falta de credibilidade”.

Mas agora se sabe que Bolsonaro trazia recôndito o  seu repertório maquiavélico e pérfido pronto para aplicar quando fosse necessário. E assim não teve escrúpulo de apunhalar a principal pilastra do governo, Sérgio Moro,  que representava o símbolo  da moralidade. Mas Sérgio Mora não sabia que estava sendo enganado e caiu numa verdadeira cilada.

O país agradece a Sérgio Moro que soube se comportar de forma hercúlea ao não ceder e compartilhar com as atitudes  não republicanas do presidente da República em interferir de maneira escusa nos trabalhos internos do ministério da Justiça  de da Polícia Federal.

O pedido de demissão de Sérgio Moro faz ruir uma das grandes pilastras de sustentação do governo e desmascara a seriedade  do governo federal em combater os ilícitos, por exemplo, de agentes políticos, como no caso da “rachadinha” na Alerj, envolvendo o seu filho Flávio Bolsonaro,  até agora em processo recursal.

Cabe enfatizar que  o conteúdo da carta de demissão de Sérgio Moro compromete muito a lisura do governo e requer a atenção especial  do Legislativo e Judiciário. 

Júlio César Cardoso - Servidor federal aposentado - Balneário Camboriú-SC  - juliocmcardoso@hotmail.com

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