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Aprovado em Lei no ano de 2017 agora entra em vigor no corrente ano o chamado “Novo Ensino Médio”. É importante frisar é claro que as mudanças serão gradativas até o ano de 2023. Entre as mudanças estão o aumento das horas letivas anuais, que passarão de 2400 horas para 3000, assim como, alterações na grade curricular. O foco agora passa a ser no direcionamento para o mercado de trabalho, o que para os críticos, pode desencadear no aumento das desigualdades por conta de diferenças de currículos existentes nos estados brasileiros. Também alegam que, estados com uma rede pública mais fragilizada podem não ter opções para os alunos com a carga horária restante. Segundo o Ministério da Educação os alunos passavam em média 4 horas diárias em sala de aula o que passará agora para 5 horas diárias. A partir de agora, as escolas deverão oferecer aos alunos no mínimo uma formação complementar. A educação é um processo de construção, com múltiplos atores, entre eles, a figura do mestre, aliás, como anda esse personagem da história? Queremos a valorização do professor, consolidação de um salário justo e digno da categoria, carga horária adequada de trabalho, plano de carreira e possibilidade de se especializar, fazer um mestrado ou até mesmo um doutorado que, para muitos, é um sonho impossível. Em países de primeiro mundo onde a educação é levada a sério como Finlândia, Dinamarca e Suécia por exemplo, muitos professores de nível básico materializam seus conhecimentos em publicações de livros e até mesmo artigos científicos, o que mantém o professor atualizado e dedicado em pesquisas de sua área. A grande diferença, é que lá, são incentivados para isso, recebem apoio e possuem tempo suficiente para se dedicar a leitura e a escrita. No Brasil, a carreira de professor não é atraente, tão pouco, proporciona status, e as condições de trabalho nem sempre são as melhores e propícias ao ensino. Sempre faltam recursos para a educação. Nossa profissão não consegue atrair os melhores talentos que, por conta de um salário melhor, não se interessam em prestar concurso público. Quanto aos estudantes, não se sentem estimulados a abraçar a nobre missão de ensinar, pois acompanham de perto o descaso estrutural da educação...Bom, antes que eu me esqueça....que venha o Novo Ensino Médio!

Renato da Costa é graduado em Administração, pós-graduado em Administração Estratégica, Mestre e Doutor em Administração, com estágio de Pesquisa e Docência na Universidad Jaume I no Sul da Espanha em 2017, Pós-Doutorando em Gestão Urbana e Cidades Digitais Estratégicas, Pós-Doutorando em Políticas Públicas. É membro da ACCUR-Academia de Cultura de Curitiba, membro da Academia Paranaense de Poesia, professor em nível de Graduação e Pós-graduação, presencial e EAD e autor e coautor de vários livros

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