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A população mundial está envelhecendo rapidamente e, com isso, tem-se a inversão da proporção de nascimentos quando comparado com o número de população que atinge a faixa etária dos 60 anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2016, o Brasil ocupava o ranking do quinto país com a maior população idosa, e estima-se que em 2030, o número de idosos ultrapassará o total de crianças até 14 anos. Com a redução da mortalidade geral, tem-se o aumento da população idosa. O Brasil apresenta um rápido crescimento da população idosa (acima de 65 anos): em 2017 eram 28 milhões (13,5% da população total) e em dez anos essa parcela da população chegará a 38,5 milhões (17,4% da população total). Segundo as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2042, a população idosa deve alcançar 57 milhões (24,5%). O expressivo aumento do número de idosos está associado à longevidade humana.

O aumento da longevidade humana relaciona-se com os avanços da medicina, cujas novas tecnologias e tratamentos permitem a melhoria da qualidade de vida. Para exemplificar, a primeira vacina foi criada em 1796. Nessa época, a expectativa de vida era de 33 anos. Com a chegada dos primeiros antibióticos em 1930, a expectativa de vida passou a ser de 51 anos; já em 2003, quando foi concluído o sequenciamento do genoma humano, a expectativa de vida passou a ser de 62 anos. Estima-se que no ano de 2050 com o aparecimento de novas tecnologias a expectativa de vida passe a ser de 84 anos.

Associado a isso tem-se uma ampliação das políticas públicas, como a criação, em 1994, da Política Nacional do Idoso, da Política Nacional de Saúde do Idoso em 1999 e, finalmente em 2003, do Estatuto do Idoso. Assim a população idosa passou a ser amplamente vista por várias esferas, como os órgãos governamentais, os serviços públicos e privados de saúde, indústrias farmacêuticas e os próprios profissionais de saúde, fazendo com que se intensifiquem o desenvolvimento e a implantação de medidas preventivas e terapêuticas que possam promover o envelhecimento saudável.

Porém a longevidade nem sempre está acompanhada a uma condição de vida saudável. Grande parte dos idosos possuem uma ou mais doenças, sendo elas chamadas de doenças crônicas não transmissíveis e/ou doenças degenerativas. As principais doenças crônicas não transmissíveis são a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus, que são os principais fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardíacas, complicações renais e cerebrovasculares. E as principais doenças degenerativas são o Alzheimer e o mal de Parkinson.

Portanto, para que a longevidade humana possa ocorrer com qualidade de vida, é necessário intensificar as ações do poder público relacionadas às atividades psicoeducativas nas equipes de saúde de modo que os adultos possam preparar-se para o envelhecimento humano ao mesmo tempo em que os idosos possam também prevenir o aparecimento das doenças.

Cristiano Caveião é Enfermeiro, Doutor em Enfermagem e coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter.

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