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Com a proximidade das eleições municipais muitos podem se questionar: ainda vale a pena votar, depois de tantas decepções, desilusões? Votar em quem já mostrou trabalho ou dar chance para o novo? O que vale mais: escolher pelo currículo, pela formação intelectual,  experiência profissional, ou pelo coração, com quem simpatizo? Confiar em quem me procurou ou ir atrás de históricos diferentes?

Alheios a essas interrogações, muitos candidatos despejam promessas, soluções mágicas nas propagandas eleitorais, nos panfletos e abordagens presenciais. Aproveitando-se do momento que passamos por conta da pandemia, ainda há aqueles que descaradamente oferecem “remédios” milagrosos para praticamente tudo. E o eleitor, espantado, se sente meio “leso”: como não pensei (ou não pensaram) nisso antes?

A falta de debate deixa “pinóquios” seguros de que não serão confrontados e desmascarados. Mas o eleitor fica com uma “pulga atrás da orelha”: se era tão fácil assim, por que ninguém fez até agora? Não foi feito porque faltam recursos e os municípios vivem com “o pires na mão”; Não se realizou porque a política exige conhecimento de causa, preparo sim, e não deveria ser habitat de aventureiros; Não se concretizou porque NÃO EXISTE salvador da pátria, nem varinha mágica que irá resolver todos os nossos problemas.

Esqueça esse papo de “vontade política”, pois como se diz: “de boa vontade o inferno está cheio”. Quem insiste em votar em um “sonho”, pode acordar num “pesadelo”.

É preciso estar consciente de que o próximo mandato tende a ser ainda mais difícil. O pós pandemia exigirá muito trabalho, com  muitos desafios e poucos recursos. Para quem você daria a chave de sua casa? Quem você vai indicar para lhe representar, estar no seu lugar? Porque votar é exatamente isso: na impossibilidade de todos participarem de todas as decisões, passamos uma “procuração” para alguém! Sinceramente? Não vale a pena votar levado pela raiva, deboche ou, pior, por segundas intenções.

Diante de tantas promessas vazias, esta eleição poderá bater recorde de abstenções, votos brancos e nulos. Entendo o desânimo e os obstáculos, mas não podemos deixar que escolham por nós! Nos momentos mais delicados é que se faz necessária uma maior participação dos cidadãos.

Nessa reta final para a eleição, queria deixar aqui uma dica: acesse o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), verifique a página de divulgação das candidaturas do seu município. Lá estão os candidatos a prefeito, vice e a vereador que, se eleitos, assumirão em 2021. Seja curioso, vá além dos apelidos engraçados e cheque as propostas, os bens declarados e os gastos de campanha.

Boa eleição!

Osvaldo Luiz Silva é jornalista, autor dos livros “Ternura de Deus” e “A vida é caminhar”, pela Editora Canção Nova, e membro da Academia Cachoeirense de Letras e Artes (ACLA), em Cachoeira Paulista (SP).

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