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Preocupa ver a intransigência e o radicalismo tomando conta da cena. É abominável assistir indivíduos destruindo o patrimônio (público ou privado) independente do que os motiva. É inaceitável os símbolos nacionais, especialmente a bandeira, que desde  cedo nos ensinaram a respeitar e admirar, ser queimada ou alguém receber reprimenda por estar portando-a. É deplorável a moda ou costume que se cultivou na canhestra democracia que vivemos nas ultimas décadas, quando valores consagrados de cidadania e civilidade foram contestados e distorcidos. A bandeira, o hino, o brasão e o selo da República devem estar  acima de ideologias e tendências político-partidárias ou quaisquer outras. Não podem ser sequestrados e muito menos subordinados a grupos, pois representam a totalidade dos brasileiros, tendo a função de uni-los e nunca dividi-los.

São preocupantes as cenas que os extremados têm exposto à Nação. Vilipendiam os símbolos e os enfraquecem na sua missão de unir os brasileiros, na medida em que os sequestram para sua militância político-ideológica ou, então, os destroem como se fossem com coisas inúteis ou até perigosas. É de se esperar que um laivo de inteligência passe pela cabeça dessa gente e os leve a deixar a militância de viés negativo e destruidor. Compreendam que os símbolos nacionais estão acima das divergências.

Ademais, temos a necessidade de restaurar valores que o democratismo de risco destruiu. Lembrar que a Nação somos nós (sem exceção) e que, de uma forma ou de outra, teremos de um dia nos entender e, se isso não ocorrer, marcharemos todos para o caos. A democracia que tanto se tem incensado desde 1985, precisa de cidadãos cônscios de seus direitos e deveres (não apenas de direitos), de respeito do povo às instituições e dos titulares dos poderes em relação ao povo. As extrapolações e omissões destroem a democracia e conduzem ao impasse, que precisa ser evitado a todo custo, pois leva ao sofrimento generalizado.

O recriado Ministério das Comunicações deveria ter entre suas tarefas, a realização de campanhas de suporte à cidadania no jornal, rádio, TV e outras mídias. Levar o povo a raciocinar sem o víeis político-ideológico. Até hoje são lembradas as inserções sobre “O petróleo é nosso”, “Sugismundo”,  “Você constrói o Brasil”, “Brasil sem fome” e muitas outras que, em diferentes épocas e circunstâncias, ressaltaram  valores sócio-ambientais. Com os recursos técnicos e canais hoje disponíveis, o governo daria um grande salto de qualidade resgatando valores e orientando a população. Se essa prática já estivesse implantada, certamente não teríamos hoje o povo tão desorientado e resistente ao uso da máscaras, distanciamento e outros cuidados profiláticos para não se contaminar com o coronavírus. Mais importante do que economizar verbas publicitárias é empregá-las bem, para que produzam bons resultados à sociedade... 

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) - aspomilpm@terra.com.br

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