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O dia 25 de julho é o Dia Nacional do Escritor. E não dá pra não homenagear esses criadores de ilusão, de ficção e novas realidades, que recriam o nosso cotidiano, dando novas cores à vida: Hoje quero ser este dia, este dia do escritor, para me transmutar em poesia, para me transmutar em palavra. / E eu, pretenso poema, pretensa prosa poética, posso resplandecer o sol / para me fazer sentir, / para me lançar em versos, / para poesiar o Universo. / Porque ser escritor é ter / sentimentos à flor da alma, / emoções a explodir / por toda a nossa superfície / e implodindo nosso interior, / sensibilidades todas / transbordando o coração, / lirismo a faiscar nos olhos. / Então hoje, dia só nosso, / somos o verso, somos a rima, / somos o ritmo, somos palavra, / somos tributo, somos festa, / somos Amor à palavra. / Amanhã, deixo de ser este dia / e volto a ser, humildemente, / apenas mais um escritor /  pequeno aprendiz da palavra.

Este o meu poema para homenagear os escritores de todo o Brasil, de todo o mundo, no seu dia, que ocorreu em 25 de julho. Um tributo aos cultores das letras, aos operários da palavra, que nos possibilitam sair do nosso cotidiano tão sofrido como está sendo agora, nesta época de pandemia, mais do que sinistra, para podermos emergir no mundo da imaginação e da criatividade, com outros cenários e outras personagens e assim vivermos experiências mais aventureiras, mais românticas, mais felizes.

Nessa pandemia funesta, quando precisamos nos isolar, evitar aglomerações e ficar em casa, para não proliferar o coronavírus, os artistas é que salvam a gente de mergulhar na loucura do desespero e da desesperança. Os músicos, os atores, os escritores nos salvam quando já fizemos tudo o que havia para fazer em casa, mas precisamos continuar fazendo alguma coisa para manter a sanidade. E a música, o teatro, o cinema, os livros vêm preencher nossos vazios, vem preencher nosso tempo, com emoção, sentimentos e reflexão.

São os escritores que nos ocupam a mente com suas obras, fazendo com que nos divirtamos, com que nos emocionemos, com que exercitemos nossa imaginação, recriando suas histórias e suas vivências, mesmo que elas não sejam reais, mesmo que elas sejam apenas fruto da sua pródiga mente produtiva. São eles que nos salvam, nos ocupam, nos entretém. Assim como os produtores de música nos dão a poesia do som, assim como os atores tornam realidade o que os escritores escrevem.

Obrigado a todos os escritores por tornarem essa pandemia mais suportável, apesar da fatalidade de milhares de mortes. Obrigado por nos transportarem para outros mundos para nos esquecermos, por um momento, do nosso e voltarmos para ele, em seguida, mais fortes e assim enfrentar com mais garra o que nos aflige.

Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completou 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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