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Sim, Leitor! A letalidade do covid-19 está apresentando queda. Na primeira semana de maio, a letalidade do covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde, atingiu 7%. Estamos agora na terceira semana do mês de maio e, conforme boletim do Ministério da Saúde, a letalidade do covid-19 caiu para 6,8%. Os pessimistas dirão que 0,2% não significa nada. Entretanto, se tomarmos como base o dia 09 de maio, quando havia 162.699 infectados pelo covid-19, encontraremos, aproximadamente, 326 (0,2%) óbitos a menos do que vinha ocorrendo nos últimos dias. O vírus é uma realidade, mas não uma realidade que justifique “lockdown” como solução para o país inteiro, por exemplo.

Cada vida humana importa muito. Entretanto, não podemos nos deixar levar pelo desespero diante do aumento do número de óbitos causados pelo covid-19. Para ajudarmos na reversão do atual cenário da nossa saúde pública, precisamos, inicialmente, continuar seguindo as orientações do Ministério da Saúde no que diz respeito ao uso de máscara e aos cuidados básicos de higiene. Além disso, precisamos urgentemente desfazer as narrativas que foram sendo construídas – propositalmente ou não – ao redor do covid-19. No dia 8 de maio foi veiculada, por alguns setores da mídia, a seguinte manchete: “Brasil tem 751 mortes nas últimas 24 horas”. Tal informação não corresponde à realidade, porque, como divulgou Wanderson de Oliveira – Secretário do Ministério da Saúde – boa parte dos 751 óbitos ocorreu nos dias anteriores ao dia 8 de maio. Tais óbitos aguardavam confirmação diagnóstica.

Leitor, trago-te agora uma informação triste, mas real, baseada nos dados do sistema DataSUS. Em 2018, somente no Estado de São Paulo, faleceram 24.007 pessoas em razão de gripe comum (influenza) e pneumonia. Infelizmente, os óbitos em razão de problemas respiratórios são frequentes no país. Não quero aqui converter vidas humanas em simples números. Quero aqui te resgatar e te trazer para a realidade da saúde pública brasileira. Só mudaremos o atual cenário, se tivermos coragem de enfrentar a realidade brasileira e suas respectivas mazelas. Precisamos, sim, cuidar das populações mais sensíveis, mas sem obrigar os demais cidadãos a ficarem em casa. Se trancarmos as pessoas em casa, em breve, elas sofrerão também em decorrência das dores físicas e psicológicas, causadas pela fome. Se olharmos para Nova Iorque (EUA), perceberemos o exemplo que vem da cidade americana. Conforme relato do prefeito de Nova Iorque – Bill Blasio – “66% das pessoas, que recentemente foram hospitalizadas por conta do covid-19, estavam em casa”.

Leitor, por fim, peço a ti que continues te cuidando e cuidando das pessoas que estão ao teu redor. Principalmente, das pessoas que fazem parte dos grupos mais sensíveis ao covid-19. Essa fase difícil vai passar, sim! Quanto melhor fizermos a nossa parte no enfrentamento dessa crise, mais rápido sairemos do atual cenário que se apresenta. Se tu tens condição financeira para aguardar o fim da pandemia em casa, fique em casa. Caso tu tenhas que trabalhar, peço que não se esqueça da máscara de proteção e dos devidos cuidados, referentes à higiene.  

Anderson Luís Pires Silveira – Estudante de Medicina da UFSM - Santa Maria/RS

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