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Chegando final de semana. E pelo menos uma vez por semana há que se comprar frutas e verduras, então a gente tem que sair, mesmo com a covid 19 rondando lá fora, cada vez mais feroz . Ainda bem que é pertinho de casa e nesta sexta tentaram organizar um pouco, em face do agravamento da pandemia: havia uma fila dos que iam chegando e, à medida que os que já tinham comprado iam saindo, chamavam mais dois ou três compradores. Se bem que lá dentro da feira não havia distanciamento físico nenhum, mas procurei ficar menos tempo lá dentro tanto quanto possível. Finalmente hoje coloquei a revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA de março no ar. Já está na minha página e na página do Grupo Literário A ILHA no Facebook. São sessenta páginas de muita literatura: prosa, poesia, informação literária e cultural. Um time de escritores feras, que trazem crônicas, contos, poemas, ensaios, além de entrevistas reportagens. Leiam, curtam, comentem e divulguem. Neste linke: https://www.facebook.com/groups/2173658049581563 .

Que a vacina chegue logo para a minha idade e da esposa, para a gente poder ir para Lisboa, ficar com o neto. O confinamento quase total está dando certo em Portugal e os números estão baixando dia a dia. De mais de trezentas mortes por dia, há algumas semanas, baixou para menos de 50. E os portugueses cumprem as restrições. Por isso funciona. Queremos passear muito com o Rio no Parque Eduardo Sétimo, na Praça da Alegria, nos Jardins do Torel, na Tapada das Necessidades, no Jardim da Estrela, na Praça do Príncipe Real, etc., etc. Gostamos muito de morar lá.

Muitos avisaram sobre a tragédia anunciada, desde o ano passado. E continuam avisando, mesmo aqui dentro do Brasil, mas os desgovernantes não ouvem. Na semana passada, os diretores da OMS (Organização Mundial da Saúde) disseram que o "Brasil vive uma tragédia". Agora, voltando à carga, a OMS cobra medidas agressivas e efetivas contra o aumento dos casos de Covid-19 no Brasil, pois o agravamento aqui  pode impactar toda a América Latina. "(...) Se o Brasil não começar a tratar a pandemia com seriedade, vai afetar toda a vizinhança de lá e além. Não é só sobre o Brasil." É sobre o mundo.

E não basta o presidanta para falar besteira, cúmulos de absurdos, tem também os ministrantas de plantão. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou em uma audiência de membros do Conselho das Américas que, apesar da falta de UTIs em "alguns estados, o sistema de saúde do Brasil tem conseguido lidar bem com a pandemia”. "O sistema de saúde está, claro, sob estresse, mas está conseguindo suportar bem. Tem falta de UTI em alguns estados, mas, no geral, o sistema está suportando bem", disse o ministranta. Em que país esse indivíduo vive? O sistema de saúde está saturado, colapsado, não há mais leitos, nem profissionais suficientes, existem centenas de pessoas doentes esperando vaga em hospital por todo o país – só em SC são quase trezentas pessoas. É o caos total, a tragédia anunciada, por culpa do desgoverno que temos. E eles saem por aí anunciando que está tudo bem? Ainda bem que o mundo todo sabe que ele está mentindo descaradamente. Infelizmente. Nessas horas tenho vergonha de ser brasileiro.

E os absurdos continuam. As declarações do presidanta Bolsonaro sobre medidas de restrição em meio ao aumento de mortes por Covid-19 no país, abusivas e desrespeitosas, repercutiram forte na imprensa internacional. Afinal, estamos quase chegando a dois mil mortes por dia. A agência de notícias Reuters destacou que "o governo federal tem demorado a comprar e distribuir vacinas". E isso é mortal, pois pessoas – muitas – estão morrendo sem assistência, com o colapso da saúde. Já o jornal americano The Washington Post afirmou que "o vácuo de liderança de Bolsonaro deu ao vírus uma abertura para se espalhar' — e isso 'é uma ameaça ao mundo inteiro".

E o desgoverno continua a sua campanha contra o combate à pandemia e contra o confinamento que, frise-se, está dando certo em vários países, diminuindo sensivelmente os números da pandemia. A Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura publicou uma portaria determinando que projetos culturais que buscam patrocínio oficial sequer passem por análise, caso sejam de lugares onde os governos, devido à pandemia, tenham adotado medidas restritivas. Vê-se, claramente, pressão contra medidas de isolamento.

Nos últimos dias, tivemos 1.700, 1800, 1900 mortes pela covid por dia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil chegou a mais de 1.400, recorde após recorde. Os casos confirmados, desde o começo da pandemia, já se aproximam de onze milhões e o número de mortes vai chegando a 265 mil.

Temos que nos cuidar. A vacinação está devagar, porque este desgoverno que está aí não comprou as vacinas quando deveria, mas mesmo enquanto ela acontece, teremos que continuar com os protocolos sanitários, até que TODOS estejam vacinados. (Leiam o Diário na pandemia na minha página e na página do Grupo Literário A ILHA no Facebook.)

Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completou 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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