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Enfrentamos muitas coisas na vida e tomamos decisões o tempo todo. Cada uma dessas envolvem muitas áreas e atingem diversos níveis de perdas e ganhos. Dentre todas essas situações provocadas pelas decisões, talvez a menos deliberada e a que mais postergamos é a sensação de perda. Não sabemos perder. Dentre todos os aprendizados da vida até o amadurecimento, pode ser que seja a ação interior a qual mais nos custa esforço e, realmente, é umas das coisas mais difíceis de aprender: perder.

Deixar para trás o que deve ficar lá, seguir adiante sem lamentar o passado tão recente. Perder é como viver um luto, pois esse não é vivido somente quando alguém morre, mas também, quando preciso deixar morrer relacionamentos velhos, desequilibrados e dependentes para que, depois de uma distância saudável e purificadora, o vínculo possa ser reconstruído e revisto com mais maturidade e amor. E nesse processo de perda, o luto é extremamente necessário. É permitir que o Senhor, em Seu amor e bondade, nos devolva o amor na medida saudável, justa e equilibrada. Pode acontecer que nossos melhores vínculos precisem morrer para nascer de novo. E precisamos deixar que isso aconteça. Vale mais um vínculo sendo refeito do que um em constante fingimento.

Às vezes, não gostamos de viver essas perdas. Para dizer a verdade, não gostamos de perder o poder que pensamos ter sobre as situações, as coisas e as pessoas. Viver com real liberdade não é algo simples, pois passa por um longo processo de renúncia e perda. Quando perdemos em paz, começamos a amadurecer.

Aprender e perder (https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=JLqPN-dOXp0&feature=emb_logo)

Para toda mulher existe um motivo de amor, algo sagrado em sua história ou um vínculo que ela preza muito. Mas todo ser humano é falível e, em algum momento, a decepção pode chegar. Decepcionar-se faz parte da vida e, também, revela nossa imaturidade. Uma decepção custa muito caro a um coração feminino, que “remói” algumas situações por dias, meses e até anos. É muito fácil ver a decepção no rosto de uma mulher, pois esta é a feiura que ela carrega estampada em seu olhar: a amargura. Uma decepção sem o toque amoroso de Deus torna uma mulher amarga e desagradável. Até seus poros gritam por misericórdia e perdão, essa mulher precisa aprender a perder.

Quando decidimos mudar de vida e andar realmente na luz, precisamos abrir mão de muitas coisas para dar espaço à vida nova. A primeira coisa de que precisamos é: perder a nós mesmos; entregando-nos a Deus e à Sua providência. Para deixar chegar o novo que Ele nos oferece, é preciso deixar essa mulher velha para trás.

Em qual amor você acredita?

Cada uma de nós sabe o nome dessas coisas, o nome de cada pessoa com quem gostaria de ter horas para “lavar sua alma”, deixar velhos sonhos para ser embalada por novos, deixar cidades, estados, países… A liberdade de uma mulher forte se constrói nas perdas que ela é capaz de aceitar. Quanto mais perdas, mais força. Quanto mais força, mais liberdade. É uma graça do Espírito de Deus saber perder confiando que ganha-se muito mais quando se deposita uma confiança cega no Senhor; assim, passamos por menos decepções com os homens.

Às vezes, pensamos que nossa felicidade depende da presença de alguém na nossa vida, mas no fundo, sabemos que isso não é saudável nem pode continuar assim. A única pessoa da qual precisamos ser dependentes completamente e para sempre é Deus. É tempo de deixar para trás as lembranças que o atormentam diariamente e confiar no Pai concretamente.

O Amor nunca aprisiona, nunca amarra, nunca proíbe nem sufoca. O amor confia, deixa andar, faz voar, faz crescer, faz nascer de novo. É nesse amor que acredito.

Ziza Fernandes é cantora, compositora, musicoterapeuta, professora e mosaicista. Estudou piano por 12 anos no Conservatório Santa Cecília, Maringá – PR, aperfeiçoando-se com o professor Paulo Giovanini, na Universidade Estadual de Maringá.

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