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A Miss Bumbum México, Sheyla Mell, abriu o coração após relato da atriz Klara Castanho que, foi vítima de estupro e, após engravidar, entregou a criança para adoção. Sheyla, que além de ser detentora do título de Miss Bumbum México e colecionar ensaios para revistas masculinas, em 2017 foi uma das confinadas do reality show português Love On Top, e ao deixar o programa, ela revelou ter sido assediada por um dos produtores.

Hoje, após relato do estupro sofrido por Klara Castanho, a loira abriu o coração e revelou ter sido estuprada aos 17 anos, quando ainda era Virgem, por um empresário de uma banda famosa.

“Eu tinha 17 anos, estava tendo uma seleção para escolher as 4 dançarinas para a estreia de uma das maiores bandas de forró de Fortaleza, hoje, uma das maiores do Brasil. Ouvi o anúncio na rádio, liguei para o número de telefone de um dos Empresários da banda, ele, muito simpático, perguntou meu nome e em qual banda eu já tinha dançado. Perguntou minha idade, eu falei, e disse que se precisasse de autorização, meu pai assinaria. Ele pediu pra eu ir numa sexta-feira à tarde, no escritório da banda pra eu levar meus documentos porque ele estava com urgência de fechar o balé e começariam os ensaios na segunda-feira”, conta.

Para decepção da brasileira que carrega o título de bumbum mais bonito do México, o que seria apenas uma reunião, se transformou em uma cena criminosa de estupro.

“Chegou a sexta-feira e fui, louca pra dançar, era um sonho ser uma dançarina de uma grande banda, me arrumei toda e fui até o escritório. Chegando lá, ele estava sozinho e eu perguntei: e as outras candidatas? Ele respondeu que a namorada levou elas na academia. Tudo bem, começamos a conversar e ele perguntou se eu poderia viajar, falei que sim. Ele pediu pra eu ficar em pé que ele queria ver meu corpo, até aí pensei que fosse normal, já que eu ficaria visível em cima de um palco e ele queria ver se tinha estrias, celulites, essas coisas. Levantei e ele falou: baixa a sua calça! E eu questionei, mas ele falou ‘as minhas dançarinas não vão usar meia calça’, pensei comigo ‘ele deve querer ver se tenho celulite, sei lá’. Quando desci um pouco a calça, ele já veio em cima de mim, me beijando e baixando minha calça mais ainda, e eu falando ‘para com isso! Não! não!’ e ele me pedindo calma, mandando eu relaxar. Eu fiquei com medo, em pânico, ele era alto, forte e, eu pequena, magrela. Na época eu pesava 57 kg. Ele tirou a roupa dele tão rápido, rápido mesmo, me jogou no sofá que tinha no escritório e eu gritei ‘para, por favor! Por favor! eu sou virgem!’, ele deu risada e falou ‘para com isso, dançarina virgem é velho’. Então houve aquela penetração horrível, a força! De repente ele falou ‘você era virgem mesmo’! Levantei chorando, vesti a roupa, amarrei minha calcinha, eu estava suja de sangue.” Detalha a Miss Bumbum.

Além de ter sido estuprada dentro de um escritório onde estava com a pretensão de realizar o sonho de ser uma dançarina, Sheyla se viu obrigada a mentir para a mãe, que não sabia o que a loira fazia fora de casa, o que gerou constrangimento e sofrimento.

“Em casa, toda sem graça, minha mãe perguntou onde eu fui, e eu dei uma desculpa. Fui para o meu quarto chorar e, sem saber o que fazer, não acreditava naquilo ainda. Ele me ligou pedindo desculpa, disse que não era uma pessoa ruim mas que não resistiu quando me viu, mas que eu não tivesse raiva dele, que ele era um cara do bem, que era muito respeitado no meio do forró e blá-blá-blá. Pediu pra eu não falar com ninguém o que tinha acontecido. Eu não sabia o que falar, só ouvia. No sábado, ele me ligou querendo me ver, falei que não, e não”. A tentativa de uma aproximação não parou por aí, e Sheyla continuou sendo assediada. “No domingo ele me ligou de novo, me chamou pra ir almoçar com ele em um restaurante até perto da minha casa, eu tão lesada que fui, pensei ‘local público não tem nada demais’, ele mandou o motorista me buscar, fui no restaurante e lá ele falou pro motorista “a sheyla é minha nova namorada”, e eu toda sem graça. Ficamos conversando e ele perguntou ‘quando você faz 18 anos?’, falei que seria dali dois meses, e ele perguntou qual o dia, falei que era 18 de outubro, e ele disse ‘vou estrear a banda no dia do seu aniversário, dia 18 de outubro, no cantinho do céu’, que era uma festa boa que tinha em fortaleza. Ele me perguntou se eu queria mesmo dançar na banda dele ou se eu queria ser a namorada dele. Falei ‘ué, você me falou que tem namorada’, ele riu e falou ‘não é nada sério, mas ela é uma das dançarinas da banda, ela que vai ensaiar as meninas, no caso, você também’. Eu falei ‘você é louco! Como vou dançar com a sua namorada depois do que aconteceu? A gente nunca ficou, nem nos conhecemos, você simplesmente fez sexo comigo contra a minha vontade e, agora quer namorar comigo?’ Ele riu e falou ‘mas você vai ficar comigo sim, e me deu um beijo’. Ele me chamou pra ir na casa dele buscar uns cds e umas camisas de divulgação que tinha que entregar não sei onde. Fomos até a casa dele, ele pegou as coisas, botou no carro e mandou o motorista levar, e falou ‘leva lá e volta pra buscar a sheyla’. Eu falei ‘não, eu não vou ficar aqui!’ ele falou ‘calma, ele já volta’. O motorista foi embora, ele me chamou pra entrar na casa e foi me mostrar os filhos dele e a mãe dos filhos dele, que morava parede e meia com ele. Pensei: nossa, ele convive de boa com a mãe dos filhos... me desarmei né. Nisso, conversa vai e conversa vem, ele me chamou pra ir no quarto, eu fui, e começamos a nos beijar, e fizemos sexo mas, dessa vez, ele foi todo carinhoso, bem diferente do primeiro dia. Conversamos e ele perguntou se eu tinha gostado dele, se tinha tirado a má impressão do dia do sexo sem meu consentimento”.

Por insistência, medo, manipulação ou culpa, a loira não sabe precisar o que de fato a fez manter um relacionamento com o seu abusador, o que durou 6 meses.

“Fui embora, e antes de eu sair, ele pediu novamente pra eu não falar com ninguém que a gente estava ficando. Como supostamente eu ia dançar na banda, ele não queria 'comentários', e, também tinha a dançarina que ele ficava, ou melhor, fica até hoje. Depois de 17 anos, eles novamente estão juntos, e acabei não indo pra banda. Segui ficando com ele por mais uns 6 meses. Eu me senti vítima no primeiro dia, mas depois eu fiquei porque eu quis. Eu me sentia culpada, acho que ficar comigo tirou a culpa dele. Eu não sabia dizer não aos chamados dele, até que me libertei e saí fora, e até hoje eu tenho essa dúvida se fui vítima ou culpada por depois dele ter tirado minha virgindade à força, ter me estuprado, eu ainda ter ido ficar com ele por seis meses. A Klara Castanho é uma menina forte, da força que eu, na idade dela, não tinha. Ela vai ficar bem".

(Perfil II Comunicação - comunicacaoperfil2@gmail.com)

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