Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

O Senado Federal realizou nesta terça-feira (03), às 11h, uma sessão especial para a entrega da Comenda Dorina Nowill. A homenagem é feita, anualmente, a personalidades que tenham oferecido contribuição relevante à defesa das pessoas com deficiência no Brasil.

Neste ano, Rosalina Lopes Franciscão, fundadora e presidente do Instituto Londrinense de Educação de Surdos (ILES), está entre as personalidades homenageadas. A indicação de seu nome foi feita pelo senador Flávio Arns (Rede/PR). O ILES foi fundado em agosto de 1959 pelo casal Rosalina Lopes Franciscão e Odesio Franciscão e atua na área da pessoa surda e com deficiência auditiva.

“A homenagem prestada à senhora Rosalina é mais do que justa e merecida. Durante toda sua trajetória de vida, ao lado do seu esposo Odesio Franciscão, dedicou-se a esse instituto que é referência na área de educação para surdos”, ressaltou Arns.

O ILES conta com turmas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio e com diversos profissionais qualificados como pedagogos, assistentes sociais, professores e intérpretes de Libras, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogas, médicos neurologistas e otorrinolaringologistas. O Instituto também presta serviços de alta complexidade a alunos e pacientes de Londrina e outros 22 municípios da região por meio do Centro Audiológico Professora Rosalina Lopes Franciscão. O atendimento é feito por convênio com o SUS e outras parcerias.

Rosalina é professora há 70 anos e iniciou sua dedicação à educação, saúde e bem-estar dos deficientes auditivos ao se deparar com um aluno surdo, o que motivou a fundação do Instituto de Educação de Surdos em Londrina. O instituto se tornou referência nacional após implantar o teste da orelhinha em recém-nascidos, o que deu origem à Lei que tornou obrigatória a realização gratuita do exame em todos os hospitais e maternidades.​

Dorina de Gouvêa Nowill perdeu a visão aos 17 anos de idade, mas nunca deixou que a deficiência interrompesse a sua carreira profissional. Em uma época em que livros em braile eram raros, ela continuou os estudos e se formou como professora primária. Posteriormente, continuou seus estudos na Universidade Columbia, nos Estados Unidos.

Foi presidente do então Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos, hoje União Mundial dos Cegos. Criou a Fundação Dorina Nowill, voltada para ajudar deficientes visuais em todo o Brasil. Dorina faleceu em São Paulo em 2010, aos 91 anos.

Greicy Pessoa/Asimp

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.