Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

A top model internacional Talita Rocca revela os bastidores do mundo da moda, dificuldades no início da carreira e conta que rejeitou propostas de fazer ‘book rosa’

O glamouroso mundo fashion também tem seu lado sombrio. Lindas mulheres, símbolos de beleza e sensualidade, admiradas e até mesmo desejadas em todo o mundo, passam por situações de assédio físico e moral que agora passam a ser mais conhecidas do grande público.

A top model internacional Talita Rocca relata que sofreu assédio no início de sua carreira e recebeu propostas para fazer o chamado ‘book rosa’, que é uma lista de mulheres bonitas para ser acompanhantes de homens ricos:

 “Logo no começo da minha carreira recebi propostas indecentes para fazer o chamado ‘book rosa’ intermediadas pela agência de modelos que eu estava. Era minha primeira agência e eu não conhecia nada do mundo da moda. Por eu ser jornalista, eles alegaram que haveria uma reunião com um pessoal de TV, algo profissional. No entanto, quando cheguei até a suposta reunião, o que queriam era me apresentar a um homem para que eu fosse acompanhante dele. Era o tal ‘book rosa'. Imediatamente recusei a proposta e afirmei que estava ali apenas para trabalhar, por interesse profissional. Foi a primeira vez que, na minha iniciante carreira de modelo na época, tive de lidar com assédio. Felizmente descobri depois que a grande maioria das agências de modelo são sérias, e saí daquela agência”. 

Talita Rocca é uma modelo internacional, que tem colhido excelentes frutos desde que trocou os releases e a publicidade pelas passarelas e as grifes. No Brasil, ela já estampou campanhas publicitárias para grandes marcas como Natura, Boticário, Hyundai, Onodera, Lojas Renner, Sofitel Jequitimar, dentre muitas outras, e nos Estados Unidos fez Dillard’s, Yandy, Purple Tea Skin, GoDaddy e desfilou no Arizona Fashion Week.

A top model conta que casos de assédio a modelos não são incomuns: “Existem sim muitas propostas indecentes feitas a modelos principalmente no início de carreira. O book rosa é uma triste realidade, mas não é generalizado. Eu sempre me posicionei contra o assédio e contra essa prática degradante. Estamos ali para trabalhar, honestamente, e não para nos prostituir. Infelizmente algumas pessoas acham que tudo está à venda e não sabem os limites que lhe cabem. Tanto que, depois saí dessa agência, fui tratada com profissionalismo e pude fechar trabalhos com grandes marcas como Boticário, Hyundai e trabalhos internacionais”.

Fabiano de Abreu 

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.