Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

 ‘Claridade’ estreia com videoclipe dirigido por Leon Gregório e em todos os aplicativos de música a partir de hoje (20)

Caburé Canela, banda londrinense (PR), composta por Carolina Sanches (voz), Lucas Oliveira (voz, violão, violino e teclado), Maria Carolina Thomé (percussão), Mariana Franco (contrabaixo), Paulo Moraes (bateria) e Pedro José (voz, clarinete e guitarra), divulga o segundo single do seu novo álbum, Cabeça de Cobre. A faixa Claridade já nasce com um videoclipe dirigido por Leon Gregório, e está disponível em todos os aplicativos de música, a partir de hoje (20). Assista ao aqui.

 “Claridade que faz enxergar, mas que também ofusca, confundindo a visão, criando ilusões para os sentidos. Mesclando batidas computadorizadas com sons produzidos manualmente pelo acoplamento de objetos acústicos a objetos eletrônicos, criamos a atmosfera reluzente de onde parte a embarcação que irá deslizar pelas paisagens do corpo, margeando seus limites, descobrindo suas possibilidades de manifestação”, revela o guitarrista Pedro José.

A música referida foi escolhida para abrir o segundo disco da banda, que conta com dez faixas, todas gravadas de forma totalmente analógica e ao vivo, em Petrópolis (RJ), no estúdio Forest Lab. Com produção do mineiro Lisciel Franco, conhecido por construir seus próprios equipamentos, processar e mixar exclusivamente em fita, o álbum tem previsão para chegar ao mercado musical em setembro, acompanhado de uma edição limitada de vinil.

Capa

O projeto gráfico das capas dos singles e do álbum, foram frutos de uma colaboração entre a artista visual, e também compositora e vocalista da banda, Carolinaa Sanches e o premiado designer Pablo Blanco. A intenção era com que as artes ilustradas dialogassem com a forma analógica que o álbum foi registrado.

Carolinaa pontua:"A banda sempre foi marcada pela pluralidade, diversidade, mistura e hibridismo. E como o conceito da Cabeça de Cobre desde o projeto/ideia até a realização, foi planejado um passeio sonoro do eletrônico para o eletro acústico, do digital pro analógico, e na arte gráfica não poderia ser diferente. Pensamos em formas de utilizar dessa multiplicidade já latente na banda, para planejar as capas. Mostrar nossas caras é algo novo, e neste momento, apresentamos elas através de um degradê de cores, estampando a diversidade e também quem está a frente ou por trás do som”.

Diferente da arte que compõe a capa de Fera, onde a imagem é muito mais fragmentada, na Claridade dá para notar duas presenças. Ainda que não saibamos na íntegra quem são os personagens da vez, as pistas são maiores.

Clipe

O videoclipe da faixa foi dirigido, roteirizado, captado e editado por Leon Gregório, que também trabalhou com a banda, dirigindo o clipe Sem em 2018.

O ritmo sutil da obra, se funde com a atmosfera melancólica da música, que por sua vez, prende o espectador mesmo indo na contramão da linguagem utilizada por produções audiovisuais do mundo contemporâneo, regidas pelo bombardeio de informações.

“Com um olhar extremamente minucioso, Leon buscou nos dirigir através de movimentos lentos, fazendo com que as imagens fossem construídas com a sensação de sobrevôo. A leveza e precisão na sustentação das cenas frisam impressões que perpassam os estados de busca, de descoberta, de mistério, e também, de pontos como a partida e a chegada”, pontua Carolinaa Sanches.

O compasso desacelerado que marca o clipe, é evidenciado pela linguagem em preto e branco das cenas captadas em locações que contribuem para o contexto proposto da obra. Um hotel abandonado em Bandeirantes (PR), o rio Paranapanema em Chavantes (SP), paisagens noturnas de Ourinhos (SP) e trechos de estrada em Londrina (PR), imprimem a narrativa proposta do diretor Leon Gregório: “Tentei transmitir visualmente o que a música me passava, trazendo certa melancolia que remete às paisagens permanentes, mas efêmeras no sentido da memória. A ideia foi a de traduzir as intenções da música em imagens que lembrassem fotografias, sem perder o dinamismo preciso para um videoclipe. A obra pede para que o espectador pare para assistir, enfatizando um caminho lento e demorado, da mesma forma em que é lento o processo de se conhecer e de conhecer o outro”, finaliza.

Carolina Sanches/Asimp

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.