Amigas do São Jorge promove bazar para pagamento do aluguel
O Amigas do São Jorge-Projeto Wal Dias promove neste sábado, dia 11 de novembro, a partir das 9h, um bazar de roupas na praça em frente à sede do projeto: Rua Amélia Batista Rabello, 93. O objetivo é arrecadar dinheiro para pagamento do aluguel da sede, onde, toda semana, o projeto dia alimentação para cerca de 600 famílias da região.
A sede do Amigas do São Jorge funciona onde morava sua fundadora, a Walkiria, que faleceu precocemente em 2022. Adriana Camilo, atual líder do coletivo, lembra que a história começou em 2019, com distribuição de sopa na casa da Brenda (como Wal também era conhecida). Era a tia da Wal quem produzia.
“Ela fazia a sopa no Parigot e trazia pra cá, pra casa da Brenda (que não era nesta casa, era em outra). E aí um dia a tia da Brenda ficou doente, não pode mais fazer a comida. E as pessoas que vinham buscar a comida continuavam vindo, só que não tinha. Daí a gente conversando, resolvemos fazer. Daí foram surgindo as voluntárias, graças a Deus”, relembra Adriana.
Assim elas decidiram criar um projeto. Fizeram votação e o batizaram de Amigas do São Jorge, “porque eram todas mulheres”. A partir daí, o trabalho cresceu e se estruturou.
“A gente começou a pedir doação. A Wal não tinha carro, daí eu comecei a usar o meu carro; daí a gente começou a ir no Ceasa, e a dar andamento no projeto. Foi crescendo, crescendo, e nisso as doações foram chegando, os doadores foram conhecendo a gente e foi acontecendo as coisas”, lembra Adriana.
Logo veio a pandemia e a demanda das famílias por atendimento só cresceu. Hoje, além da alimentação, o projeto apoia famílias do bairro e da ocupação vizinha do Aparecidinha também de outras formas.
“A gente desenvolve ações para que possa levar a pessoa para o mercado de trabalho, como as atividades, as oficinas que a gente oferece. Hoje a gente tem parceria com o CRAS, com o curso para poder ensinar as mães, pra poderem ter o seu próprio sustento. E aí a gente ajuda com alimentos, algumas famílias fralda geriátrica, e quando a gente pode, com cestas básicas também, além de encaminhar para psicólogo, encaminhar para o CRAS, algumas situações que chegam até a gente”, relata Adriana.
O projeto também tem parceria com uma psicóloga para ajudar mulheres em situação de violência doméstica. “Já até acolhemos ali no projeto, ela ficou morando durante um ano, uma família. Hoje, graças a Deus, ela tem o trabalho dela, já consegue alugar uma casa, então são várias situações aí que a gente abre”.
Cecilia França/Asimp
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