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O evento Ateliê Aberto Yoshiya é um convite paraconhecer obras de artistas visuais e ceramistas locais. Quem quiser comprar um presente original não vai se decepcionar. São trabalhos de artistas e artesãos veteranos e tambémjovens talentos. A faixa de preço é bem variada, atende o desejo por uma lembrancinha criativa ou algo mais sofisticado.

O aconchegante Ateliê de Arte Yoshiya, na rua Fernando de Noronha, 1.400, estará aberto a todos que gostam deter contato com arte e artesanato e garimpar peças exclusivas. Serão 19 artistas visuais e ceramistas apresentandouma grande variedade de trabalhos recentes.

O evento é uma tradição do ateliê, realizado sempre em dezembro às vésperas das festas de fim de ano. Os visitantes serão recebidos na sexta-feira (16), das 14h às 20h, e no sábado (17), das 10h às 20h.

Os ceramistas, que nos últimos anos conquistaramenorme destaque na produção artesanal e artística local, vão oferecer peças de decoração, utilitários e acessórios com preços acessíveis, a partir de R$15.

Estão confirmados os ateliês Silvana Palma (Silvana e Marcos Palma), Cubo de Barro (Fernando Rolim Carvalho), Cerâmica em Casa (Márcia e Raquel Figueiredo Cardoso), Enlevo (Fernanda Domingues Stefani),Com Tato Cerâmica(Giovana Luppi Pezarini Ribeiro), Papeledo (Elisa Nishi, cerâmica e arte com papéis), Rafaela Ruiz e Margarida Hellbrugge Zirknitzer (Rolândia).

O grupo de artistas visuaisé formado por nomes de talento reconhecido, Carlos Sato (vitrine) e Yoshiya Nakagawara Ferreira, Udhi Jozzolino, Raquel Carraro, Odil Ribeiro Miranda, Regina Maria Hirsch (Rolândia) e Mariana Galera. Além do artista multimídia Carlos Vinicius Ferreira e o fotógrafo Eduardo Haguio Paiva.

As obrastrazem a leitura particular de cada um sobre temas sensíveis como a passagem do tempo, o isolamento na pandemia, a beleza da diversidade, a poesia do cotidiano, o significado do Natal...Hátelas e esculturas que serão expostas pela primeira vez, pois foram recém terminadas.

Evento propõe um respiro no estressante dezembro

Dezembro traz as festas, mas pode aumentar muito o grau de estresse.Motivos não faltam. Fechamento das contas, avaliação de desempenho dos filhos na escola, previsão de gastos de janeiro, organizar a casa pra receber família, comprar tudo para as confraternizações e garantir presentes de Natal...

Uma das propostas do Ateliê Aberto Yoshiya é oferecer um experiência agradável, relaxante, reflexiva. Um modo especial de presentear a si e aos outros, apreciando a beleza, a criatividade, conversando com os artistas, ampliando a visão de mundo, repensando comportamentos.

Diversos temas aparecem nas obras dos artistas visuais.

A anfitriã,Yoshiya Nakagawara Ferreira vai apresentar várias telas e esculturas. Algumas fazem parte de uma série inspirada na Bíblia, como a que é composta por 9 pães esculpidos em bronze, referência à passagem da multiplicação dos pães. A pintora, escultora e professora da UEL fala da sua visão de arte e da vontade de promover o encontro entre o público e os artistas locais.

“A Arte é, com certeza, produto de uma inquietação interna, independente da forma ou gênero, seja a música, a literatura, a dança, o teatro. Toda Arte é a essência que dá sentido à vida. Na pandemia a produção dos artistas não parou, pelo contrário, se manteve, como a respiração das células. E o resultado da produção neste período está sendo visto agora. Então vamos nos reunir, conversar, mostrar o que estamos fazendo e criar um momento feliz para todos que comparecerem”, declara.

Um dos destaques do evento é a participação da consagrada artista plástica que atua há décadas em Londrina, Udhi Jozzolino. Ela vai expor um quadro de 100 cm x 70 cm, com imagens confeccionadas finamente em papel, inspirada no tema da passagem do tempo.

Na vitrine que se destaca na fachada do ateliê, ficarão expostas as esculturas de Carlos Sato, Asas Angelicais, elaboradas com diversos materiais como aço carbono, fibra de vidro e resina.

Já a pintora Raquel Carraro, formada em Artes Visuais pela UEL (2006), acaba de terminar a série Voa, mista sobre tela, e vai apresentar os trabalhos no evento.

“Eu tento captar coisas dodia a dia e fazer uma leitura interna disso tudo que a gente vive. O trabalho é conseguir trazer para o mundo novamente, com outro olhar com outro significado. Mais poético e transformador tanto para mim quanto para as outras pessoas. Minha intenção é conseguir, não só com a arte, mas também de outros modos, gerar beleza no mundo. Gerar consolo, leveza, paz. Quero que a gente consiga transpirar isso e tornar os dias melhores, porque só depende da nossa visão”, conta Raquel.

Odil Miranda Ribeirouma das figuras mais ativas no cenário das artes visuais em Londrina, apresenta obras em óleo sobre tela, aquarela, carvão e lápis de cor. Ele divide o seu tempo entre a produção autoral e aulas de pintura artística nas mais diversas técnicas. É Mestre em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná e bacharel em pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, EMBAP – Curitiba. 

“É uma honra participar da exposição. Vou apresentarobras que vagueiam entre paisagens urbanas, rurais, marinhas, retratos, flores e animais. O ponto de convergência de todas é o propósito de revelar ao público microcosmos que se colocam cotidianamente a nossa frente, mas que na maioria das vezes, não percebemos, deixamos escapar, nas incessantes distrações da vida contemporânea”, resume o artista.

A série Mulheres do Mundo, sobre as diferentes etnias e culturas do mundo, muitas que coexistem no Brasil e formam uma grande diversidade criativa, estará entre os trabalhos que a arquiteta e artista plásticaMariana Galera vai mostrar no evento.

Mariana usa várias técnicas como acrílica sobre tela, pintura em porcelana e esculturas em espumas para homenagear as mulheres e a luta contra o racismo e a intolerância.

“Retratei as mulheres de forma lúdica e criativa, com uma pitada de humor, característica do meu trabalho. A ideia foi trazer beleza, alegria e leveza às mulheres, são tão presentes e ativas na sociedade e muitas vezes tão desvalorizadas.”

Cerâmica para todos

Nos últimos anos a produção de cerâmica artística e artesanal de Londrina ganhou muito em quantidade e qualidade, sãoaproximadamente 30 ateliês funcionando na cidade.

No Ateliê Aberto Yoshiya a variedade de estilos da cerâmica londrinense estará bem representada. Peças para usar na rotina de casa, em dia de festa, esculturas e acessórios.

Entre os convidados está o casal Marcos e Silvana Palma.

Silvana, com mais de 15 anos de experiência, cria peças sofisticadas inspiradas em imagens da natureza. Travessas, pratos, xícaras e outros utilitários.

Marcos iniciou na cerâmica para ajudar a esposa e acabou se descobrindo artesão também. Entre outras esculturas, cria miniaturas de casas, vilas e tem uma pegada divertida no trabalho. A série com imagens de cães e gatos faz muito sucesso.

O casal destaca a importância do evento.

“Reunir representantes de várias artes cria um momento muito rico para os artistas e para o público. A cerâmica, especificamente, começa a se tornar uma referência da cidade e isso é muito bom. Além de ser um trabalho artesanal que é fonte de renda, traz benefícios para a saúde porque permite experimentar algo novo, se distrair, relaxar”, avalia Silvana.

“Na minha visão é uma oportunidade que está sendo dada para todos. Os novos ceramistas e os outros que já trabalham há mais tempo. Para os jovens é uma forma de ganhar visibilidade, um apoio na comercialização das peças e um incentivo para que continuem trabalhando”, complementa Marcos.

Entre os jovens ceramistas está Rafaela Ruiz, de 21 anos. Para ela que vem de uma área totalmente diversa, vai ser uma estreia num evento do universo artístico.

“Eu sou física, portanto estou muito acostumada com cálculos exatos. A cerâmica para mim, é o contraste na minha vida: imprevisível, orgânica e inexata, e é isso que busco trazer em cada peça que faço, a beleza na irregularidade e singularidade”, explica.

GiovanaLuppi Pezarini Ribeiro também encontrou seu caminho na cerâmica, criou o ateliê Com Tato onde produz suas peças e dá aulas desde 2018.

“Amo dar forma a peças que usamos no dia a dia. Também gosto muito de ensinar porque fazer cerâmica é um jeito de espalhar alegria. Espero que os trabalhos, que são fruto de muita dedicação pessoal, alegrem a vida das pessoas que levarem pra casa.”

Fernando Rolim Carvalho, ceramista do Ateliê Cubo de Barro e professor no Ateliê Jane Benutti, escolheu para o evento vasos e peças utilitárias em torno, elaboradas com algumas técnicas diferentes e com esmaltes de formulação própria.

“Minha expectativa é poder compartilhar meu trabalho, me inspirar em um ambiente cheio de artistas e ceramistas. Como professor, encontro antigos alunos que se apaixonaram pela cerâmica e estão compartilhando também os r seus trabalhos, me sinto orgulhoso e feliz por fazer parte disso e ter contribuído para a qualidade, personalidade e exclusividade que a cerâmica artesanal possui.”

No Ateliê Cerâmica em Casa, Márcia e Raquel Figueiredo Cardoso, mãe e filha, trabalham juntas há 3 anos. Elas vão oferecer uma coleção de colares gigantes para decorar paredes e portas.

“Eu e minha filha somos advogadas mas não atuamos na área. Criamos nossas peças e damos aulas de cerâmica no ateliê que abrimos juntas. É uma paixão antiga, tem mais de 20 anos, descobri o trabalho com argila ainda quando morava em Florianópolis”, conta.

Elisa Nishi, do ateliê Papeledo, vai oferecer peças em quilling (arte com tiras de papéis coladas uma a uma) e cerâmica.

“Sou médica veterinária graduada pela UEL, dediquei durante 34 anos à profissão com muito amor e carinho! Mas sempre fui amante das artes e, em 2018, iniciei meu trabalho de quilling, arte com papéis! Atualmente, descobri também a paixão por cerâmica, alternando meus trabalhos entre o papel e a argila!”

Entre os ceramistas, uma convidada de Rolândia.Margarida Hellbrugge Zirknitzer, produzia cerâmica na adolescência, depois se dedicou à arquitetura até retomar o trabalho em argila em 2015. Hoje cria suas peças em ateliê própriose dedicando principalmente a esculturas.

“Como moro em área rural e fiz imersão em paisagismo, toda a natureza em volta me inspira. Criei o próprio jardim e gosto de usar as plantas como ponto de partida para o desenvolvimento das peças.”

Christina Mattos/Asimp

#JornalUnião

Silvana Palma

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