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 “Petricor” estreia com vídeo dirigido por Julia Bahls e em todos os aplicativos de música a partir de 18 de fevereiro

A multiartista Carolinaa Sanches, compositora e cantora na banda londrinense Caburé Canela, apresenta a música “Petricor”, single do disco de estreia Curva de Rio.

Petricor é o aroma produzido pela chuva quando cai em terra seca. Tal qual a precipitação realizada para produzir uma chuva, a nuvem aqui é embalada na levada do forró e desprende da rocha a esperança no encontro de um novo amor.

Quem assina a composição é Maria Thomé, que também gravou zabumba, tambor de mão, triângulo e backing vocal na canção. A faixa contou também com a participação de Gabriel Kruczeveski (violão e backing vocal), Lara Moratto (flauta transversal), Mariana Franco (contrabaixo acústico e backing vocal) e Pedro José (viola caipira e backing vocal).

A música será lançada no dia 18 de fevereiro em todas as plataformas, acompanhada de um vídeo clipe dirigido por Julia Bahls.

Para a compositora, “Petricor é uma sensação de algo que nos invade com familiaridade e ao mesmo tempo apresenta algo novo que não sabemos identificar. A música é inspirada em uma dança de duas pessoas, em um lugar simples onde pulsa algo bonito e inesperado, como uma sanfona que invade o silêncio com cuidado. É um impulso poético de um momento, uma flor pequena em uma calçada vazia, recebendo as primeiras precipitações de chuvas” explica Maria Carolina Thomé.

Curva De Rio

O álbum, com oito faixas, traz letras que foram produzidas entre os anos de 2011 a 2022. Carregadas de diversas paisagens e muitas atmosferas, as músicas perpassam por relações amorosas, declarações e mergulhos internos. Nesses anos todos, muita coisa passou por essa curva e a proposta desse álbum é a de ser fluída, transbordante e, sobretudo, sincera – feito rio. Além da composição de Maria Thomé, Carolinaa assina parceria em composições com as jornalistas e escritoras Layse Moraes e Barbara Blanco.

Nas oito canções há uma investida na rede sonora de amigos de Carolinaa, o que traz ao álbum um conjunto diverso de timbres pelas escolhas das participações. Sendo elas: Alzira E, Edna Aguiar, Fernanda Branco Polse, Caruh Spisla, Francesco Mugnari, Gabriel Kruczeveski, Guilherme Kirchheim, Gustavo Galo, Isabela Lorena, João Bolognini, Lara Moratto, Layse Moraes, Lucas Oliveira, Maria Thomé, Mariana Franco, Mariana Leon, Naná Souza, Paulo Moraes, Pedro José, Roberta Barcelli, Thais Hamer e Thunay Tartari.

O álbum foi gravado em Londrina na Toqô Estúdio, por Gabriel Kruczeveski, que mixou e masterizou as faixas, além de ter gravado instrumentos como flauta transversal e violão. A direção musical é de Mariana Franco, que além de arranjar a maior parte das músicas, também toca contrabaixo elétrico, acústico, violão e vozes.

“Cantar”, a segunda faixa do álbum, será lançada no dia 18 de março, junto ao clipe produzido pela artista em parceria com Natalia Lima Castro. Já Curva de Rio, o álbum completo, será lançado no dia 8 de abril.

Curva de Rio tem patrocínio do PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura)

Carolinaa Sanches

Carolinaa Sanches é multiartista, compositora, cantora, percussionista, gestora cultural e artista visual. Formada em Artes Visuais pela Universidade de Londrina (2013) com intercâmbio acadêmico na Universidad de Vigo, na Espanha (2011-2012). Trabalha como produtora cultural no Grafatório, espaço dedicado às artes gráficas, produção de livros artesanais e projetos culturais. Bem como na Espaço Nave, lugar de troca, difusão e produção musical em Londrina.

Integra banda Caburé Canela, que lançou em 2018 o Cabra Cega e em 2021 o Cabeça de Cobre. A artista também faz parte da Pisada da Jurema, grupo de cultura popular composto

“Era pra ser um disco solo, mas entre o caminho da escrita de um projeto até a prática dele, o processo mostrou a impossibilidade de sê-lo. Não só pelo fato da necessidade musical, da instrumentalização das músicas, mas também pelo fato de me deparar em como narrar, transcrever e fazer nascer um trabalho que deixará marcas na história do meu próprio fazer.

Me emociono em perceber o quanto consegui trabalhar com grandes amigos em um único álbum - tem pessoas que conheço desde os quinze anos de idade, quando ainda nem sabia o que seria do meu futuro ou da minha carreira, quando ainda tateava os processos das palavras. E tem também os novos amigos, que mergulharam nessa história meio que sem nem perceber, como é o caso de Alzira E, cantora, compositora e instrumentista de origem sul-mato-grossense e de raízes paulistanas, que atravessa e transfigura gerações na música contemporânea brasileira. Além de ser referência na cena musical independente brasileira, também é uma grande referência pra mim, que conheci seu trabalho através das parcerias que ela teve com Itamar Assumpção, Ney Matogrosso, Arrigo Barnabé, e posteriormente com a banda CORTE.

A ponte com Alzira foi feita por Gustavo Galo, que também participa do álbum. O compositor e cantor é integrante da banda Trupe chá de Boldo e já esteve em Londrina algumas vezes, em projetos vinculados ao Grafatório, e foi a partir desses encontros que essa parceria se firmou.

Por isso me sinto um Eu, com muita gente, no relento dos dias, quebrando a cabeça, cantando por dentro, decifrando as possibilidades de soar. Nunca sozinha. Eu-coletivo, eu coletivizo meu ser, porque só assim posso me ser.”

Clipe

O vídeo clipe, assim como parte do projeto gráfico, ganha formas a partir de acervo, arquivos e materiais que seriam descartados ou deixados dentro de alguma pasta no HD. A ideia foi a de utilizar imagens que se acercam do memorial afetivo da artista, compilando vídeos e fotografias em um trabalho estético que foge do conceito que temos de vídeo clipe.

Quem assina o vídeo da “Petricor” são as artistas londrinenses Julia Bahls e Carolinaa Sanches, que entendem que o trabalho audiovisual se aproxima muito mais da vídeo arte do que de um clipe comum. Bahls, além de fotografar, criou um argumento em que reinventa a edição ao se utilizar da captura de tela do computador para compor a dança das imagens. Cerca de cem fotografias juntadas num pdf são manipuladas e movimentadas em tempo real com a ferramenta de captura, gerando ritmo e sobreposições de imagens.

Grande parte das fotos do clipe foram feitas em filme 35mm e reveladas no espaço do Grafatório por Julia. Essas fotos passaram por um processo que revela filmes coloridos com químicos preto e branco, tirando a cor das imagens através da química.  A máquina que ela utilizou dobra a quantidade de frames, ou seja, em um filme de 36 fotos, com a Olympus Pen, foram feitas 72. Todas elas fotografadas em Faxinal (PR), se afastando e se aproximando da luz que batia nas águas como um mergulho na experiência de tentar capturar a luz na fotografia.

As artistas se utilizam do barateamento da ferramenta, criando um mecanismo para a manipulação e organização das imagens, retirando do vídeo clipe o aspecto narrativo e contemplativo, a fim de quebrar com as estéticas esperadas, além de inserir este trabalho em outros âmbitos artísticos, transformando de modo radical as coordenadas desse campo perceptivo, dando novo sentido ao espaço do clipe e às relações sensórias do observador com o trabalho.

Esse e outros trabalhos audiovisuais que irão compor o conjunto de lançamentos do álbum Curva de Rio serão vistos também em projeções nos shows da artista.

Capa:

Quem assina o projeto gráfico dos singles e do álbum é a própria compositora Carolinaa Sanches, na capa de “Petricor” a fotografia é de Mariana Franco.

No trabalho visual, a proposta é manipular com o acervo fotográfico da artista, bem como realizar novas fotografias a partir de uma aproximação com o cotidiano de Carolinaa, realizando e divulgando imagens que estejam carregadas de afetividade. Intuito este que pretende criar um paralelo com a temática das letras do álbum.

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