Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Domingo, 9 de maio de 2021, é Dia das Mães e desejo a todas elas que possam tomar a vacina o quanto antes. Para que possam ser felizes, novamente. Esta semana que acaba foi a semana da CPI da pandemia. Três dos últimos ministros da saúde estiveram lá sendo “entrevistados”. Mandetta e Teich contaram verdades e o presidente e o seu lacaio da saúde ficaram bem ruins na foto. Já Pazzuelo, o lacaio, que é o mais esperado, está se borrando e se esquivando e deu desculpa para adiar. E o presidente, acuado, faz ainda mais besteiras, fala mais sandices. Esta semana vi menos noticiário, assisti mais programas de humor, porque a gente se deprime cada vez mais com tudo que acontece neste país. Trabalhei no livro de resenhas que estamos escrevendo, eu mais 19 autores catarinenses, na revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA de junho e no livro de poesia de uma excelente poeta do norte catarinense.

Finalmente chegou, neste sábado, um novo estoque – pequeno - da vacina Coronavac, que estava faltando há dias – a minha segunda dose já está mais de uma semana atrasada – mas não tomei no sábado, porque as filas estavam quilométricas:  no drive thru, mais de duzentos carros e na fila de pedestres havia também centenas de pessoas. Resultado: minha segunda dose ficou para semana que vem. Deviam vacinar no domingo, pelo atraso, mas qual.

Sobre a vacinação da covid: O embate público entre a Anvisa e os desenvolvedores da vacina russa Sputnik V após o Brasil rechaçar o imunizante na última semana estreou um capítulo intenso de uma longa novela para fazer a vacina chegar no país e chamou a atenção internacional. A Anvisa rejeitou a importação de doses da Sputnik V, alegando  a ausência de dados e a identificação de outros problemas ―o mais grave deles a suposta presença de adenovírus replicante no imunizante, o que poderia causar doenças.

Durante toda a semana, mais da metade das capitais do país ficou com falta de Coronavac para aplicar em quem precisa da segunda dose da vacina contra a Covid-19. A falta de imunizante ocorre há mais de uma semana, após o governo Jair Bolsonaro liberar, em março, estados e municípios de reservar imunizantes para quem precisasse da segunda dose.

Na segunda, o Ministério da Saúde começou a enviar aos estados 500 mil doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer/BioNTech, orientando a adoção de um intervalo de 3 meses entre a 1ª e a 2ª dose. Mas segundo a Pfizer, a eficácia só fica garantida se o intervalo for de 21 dias. E aí?

Na terça, em depoimento hoje à CPI da Covid no Senado, o ex-ministro da Saúde Mandetta disse que o governo federal não quis fazer campanha de comunicação oficial sobre a doença. Também afirmou que uma minuta de decreto presidencial propôs que a Anvisa alterasse a bula da cloroquina para que o medicamento fosse indicado no tratamento da Covid-19.

Na quarta, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich, disse na CPI da Covid, que deixou o cargo diante do desejo do governo de "ampliação do uso da cloroquina" para tratar pacientes com a doença.

Ainda na quarta, Bolsonaro insinuou que a China pode ter criado o coronavírus. Bolsonaro também chamou de "canalha" quem é contra o chamado tratamento precoce contra a Covid-19, com uso de medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina, substâncias com ineficácia cientificamente comprovada para a doença.

Na quinta, em depoimento à CPI da Covid, o atual ministranta da Saúde, Marcelo Queiroga, ficou em cima do muro, afirmando que não poderia fazer "juízo de valor" sobre a opinião de Bolsonaro acerca da cloroquina. O outro depoimento previsto para a quinta, do presidente da Anvisa, foi adiado para terça-feira que vem.  Também nesta quinta, o Instituto Butantan paralisou o envase da vacina e anunciou que receberá menos matéria-prima para a fabricação da CoronaVac.

Neste sábado,  enquanto corre a CPI da Covid que investiga a atuação do governo no enfrentamento à pandemia, Bolsonaro voltou a mentir sobre a hidroxicloroquina, medicamento ineficaz contra a Covid, e disse que seus ministros irão propagandear a substância com a afirmação: “Eu tomei”. E a notícia boa da semana é que neste sábado o ministério da saúde encaminhou um lote da coronavac para a segunda dose de milhares de idosos que já estão com um atraso de uma a duas semanas.

Os números da pandemia baixaram um pouco esta semana e só passaram de 3000 mortos na no dia 4 de abril. Nos outros dias, tivemos menos de três mil. Vamos torcer para que baixe dos dois mil. E temos que nos cuidar, sempre.

Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completou 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.