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Filme foi patrocinado pela Prefeitura, através do Promic, e representará o Brasil no circuito de festivais latino-americanos Fant Latam 2023

O cinema londrinense conquistou um importante reconhecimento no último domingo (18), em São Paulo, quando o curta-metragem “Blackout”, dirigido por Rodrigo Grota e produzido por Guilherme Peraro, foi indicado pela 14ª edição do CineFantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico para representar o Brasil no Fant Latam 2023. Composto por 25 festivais internacionais de cinema de gênero, o Fant Latam é um circuito que abrange mostras realizadas em diversos países latino-americanos, e que consagra os melhores filmes de terror, ficção científica e fantasia através do Gran Premio Fantlatam.

Tendo sido exibido pela primeira vez, em pré-estreia, no Festival Kinoarte de Cinema, em dezembro de 2021, “Blackout” estreou em agosto de 2022 no Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo. A obra, rodada em Londrina e em Bandeirantes, é ambientada em um futuro incerto, no qual a misteriosa Maya ajuda Yuri a procurar pela sua mãe nas ruínas de um hotel destruído por um meteoro. O curta foi produzido pela Kinopus e conta com patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), e do Governo Federal/Ancine/FSA/BRDE.

De acordo com o diretor do filme, Rodrigo Grota, a indicação obtida no CineFantasy mostra que Londrina também tem vocação para produzir filmes fantásticos, e esse reconhecimento contribui, ainda, para difundir em âmbito nacional e internacional a produção realizada fora do eixo Rio-São Paulo. O cineasta destacou que “Blackout” é seu terceiro trabalho no gênero da fantasia, ficção científica e terror, temática também presente no curta “O Castelo” (2012) e no longa-metragem “Passagem Secreta” (2021).

“O que me atrai nesses gêneros é a possibilidade de falar da realidade de uma forma indireta, por meio do sonho, do delírio. Uma das minhas inspirações nesse sentido é o trabalho do diretor espanhol Luís Buñuel, que fazia filmes surrealistas, mas também voltados à crítica social. A fantasia ajuda a retratar os grandes choques, ameaças e transições que vivemos nos tempos atuais, no campo social, político e tecnológico”, afirmou.

Ainda segundo Grota, produzir filmes de ficção científica implica desafios como encontrar as locações adequadas para as filmagens. “Blecaute tem uma atmosfera um tanto atemporal, que mistura elementos do passado e do futuro. Para conseguir isso, gravamos nas ruínas do Hotel Yara, em Bandeirantes. Porém, nossa ideia era que a locação não fosse muito explícita, ou seja, é um ambiente imaginário, ainda que inspirado nas paisagens do norte do Paraná”, salientou.

Atualmente, entre outras produções, o cineasta está desenvolvendo a série “Miss Califórnia” – que conta com patrocínio da Prefeitura e da Ancine – e trabalha, de maneira independente, em um romance intitulado “Hotel Berlim”. Ambas as obras abordam o mesmo universo ficcional e personagens de “Blackout”.

NCPML

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