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A OAB Londrina, apoiada pela Secretaria da Mulher, realiza mostra de documentário e debate sobre a produção “Silêncio das Rosas”; entrada é gratuita e aberta ao público

A subseção de Londrina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promove nesta quarta-feira (10) a exibição e debate de um documentário sobre violência doméstica e feminicídio. Com o nome “Silêncio das Rosas”, a produção traz depoimentos verídicos e cenas dramatizadas a partir de relatos de vítimas e de familiares, trazendo à superfície a dor causada por esses crimes. A exibição será às 19h, no Espaço Villa Rica, localizado no Centro, na Rua Piauí, 211. O evento é voltado ao público em geral e a entrada é gratuita. Para garantir um lugar, basta se inscrever por este link (https://esapr.oabpr.org.br/cursos/4613-violencia-de-genero-em-pauta-perspectivas-e-solucoes/ ).

Por parte da Prefeitura de Londrina, apoiam a iniciativa a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) e o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (CMDM). A exibição do documentário e o debate fazem parte da programação do Agosto Lilás, mês de conscientização sobre o combate à violência contra a mulher.

Para a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy Fernandes, o evento é fundamental para essa conscientização. “Todas as ações que visam sensibilizar a sociedade para o enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher são muito importantes. As contribuições da OAB Seccional Londrina, enquanto integrantes da Rede de Enfrentamento, e do CMDM, têm sido muito valiosas”, destacou.

A conselheira da OAB e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Londrina, Jaqueline Heinzl, avaliou que, apesar de a Lei Maria da Penha ser considerada referência internacionalmente, muitas mulheres ainda têm poucas informações sobre os direitos que possuem e as leis que as protegem. “É muito importante conscientizar e informar, porque muitas pessoas não sabem sobre a rede de enfrentamento à violência doméstica que temos em Londrina, que é uma rede exemplar, e não sabem como buscar ajuda”, disse.

O documentário, de Eliton Oliveira, foi produzido em Maringá. A advogada comentou que esse também é um fator importante, pois pode levar a uma maior identificação com o público. “Ele traz relatos de vítimas e familiares de vítimas de feminicídio de uma forma muito sensível, e mostra como as mulheres fizeram para identificar os diversos tipos de violência, que podem ser física, moral, virtual, patrimonial, sexual e psicológica, e depois como fizeram para denunciar e buscar ajuda. E são mulheres do nosso estado, o que faz com que o público acabe se identificando mais ainda”, indicou.

“A ideia surgiu porque nós tivemos a oportunidade de assistir e achamos importante trazer também para a nossa cidade, para disponibilizar esse conhecimento à população, falar da rede de proteção que nós temos aqui”, revelou a advogada.

Heinzl ainda contou que a produção já foi mostrada também em outras cidades, em ações em prol do enfrentamento à violência. “Esperamos que venham homens, mulheres, a sociedade em geral. A pessoa pode não ser uma vítima, mas ela pode conhecer alguém, uma prima, uma parente, uma vizinha, e pode levar informações a ela, contar sobre toda a nossa rede de acolhimento e de enfrentamento”, destacou.

Haverá também um debate sobre os temas após a exibição. “O documentário tem cerca de 1h30, e o debate será mais uma roda de conversa para fechar tudo o que foi abordado. Vamos trazer brevemente alguns exemplos de casos específicos para apresentar ao público também”, contou a advogada.

Os participantes da conversa serão, além de Jaqueline Heinzl, o roteirista e diretor do documentário, Eliton Oliveira, e a doutora em Ciências Penais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Talita Arruda. O debate será mediado pela coordenadora da Escola Superior de Advocacia (ESA) de Londrina, Patricia Siqueira.

Como denunciar

As denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pelo Disque 153, que aciona a Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal, pelo Disque 180, pelo 181, que é o número para denúncias anônimas, e pelo 190, que aciona a Polícia Militar do Paraná. Estes números são serviços 24h, mas as denúncias podem ser feitas também diretamente nas delegacias. O telefone da Delegacia da Mulher de Londrina é (43) 3322-1633, que também recebe imagens, áudios e vídeos por Whatsapp, ou pelo e-mail dpmulherlondrina@pc.pr.gov.br.

Denúncias podem ser feitas também pessoalmente na Delegacia da Mulher, na Rua Almirante Barroso, 107. A Delegacia de Plantão da Polícia Civil também presta suporte às vítimas e fica na Avenida Santos Dumont, 422, próximo à rotatória da Avenida Juscelino Kubitscheck, e atende 24 horas.

Débora Mantovani/NCPML

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