No sábado (19), aCia. Benedita na Estrada (MG) abre o12º ECOHem apresentação no Parque Ney Braga.
Vem aí uma nova temporada de histórias carregadas de sabedoria. De 19 a 31 de agosto, o 12º Encontro de Contadores de Histórias de Londrina oferece programação gratuita para crianças e adultos.
Nesta edição o evento reúne artistas de6 estados. Entre eles estão narradores, educadores, atores, palhaços, músicos e autores que se dedicam a pesquisar uma grande variedade de repertório e a explorar diversas formas de narrar.
O público vai escutar histórias de diferentes povos e culturas, uma ampla gama de contos abrangendo desde narrativas tradicionais, literatura infantil, cordel, causos e também textos autorais dos narradores selecionados.
Ao longo das duas semanas do evento haverá apresentações abertas ao público em geral em bibliotecas, praças e vilas culturais. Além disso estão programadas narrações exclusivas para crianças e adolescentes atendidos pela rede municipal de educação, bem como alunos de um colégio estadual e de uma escola para pessoas com deficiência visual, o Instituto Roberto Miranda.
O ECOH oferece, ainda,oportunidade de aprendizado para todos os interessados na arte da oralidade. Serão realizadas três oficinas com o objetivo de compartilhar técnicas e desenvolver habilidades relacionadas a contação de histórias.
Programação
A abertura do 12º ECOH será no dia 19 (sábado), às 11h, no Parque de Exposições Ney Braga, em parceria com o evento Londrina Mais, da Secretaria Municipal de Educação.
O espetáculo escolhido foi “O Mede Palmo dá a Volta ao Mundo”, da Cia. Benedita na Estrada. Mede palmo é o nome popular de uma lagarta, o bichinho é o personagem principal na história sobre a grandeza que existe nas pequenas coisas.
A companhia, formada por Mirna Rolim e Bruno Dutra, atualmente está sediada em Caldas, Minas Gerais, mas foi formada em Campinas, São Paulo, de onde partiu para viajar pelo Brasil contando e colhendo histórias. Primeiro numa Kombi, a “Benedita”, durante 6 meses, e depois de bicicleta, ao longo de 3 anos.
“O espetáculo é um jeito de falar um pouco sobre a gente mesmo, bichinhos pequeninos que decidiram explorar a vastidão das estradas, buscando miudezas que engrandeçam a alma e ampliem o olhar”, declaram Bruno e Mirna.
No domingo (20) tem mais uma apresentação da Cia. Benedita às 10h, napraça em frente à Vila Cultural AlmaBrasil (Rua Argentina, 693, Vila Larsen 1), seguida da narração “Eu conto para vocês e vocês contam para mais três -Contos Afro-Brasileiros”, com Samara Rosa, de Pinhais, município da região metropolitana de Curitiba.
Até o dia 31 de agosto, o encontro segue com programação diária. Os outros artistas e companhias do 12 º ECOH são: CLAC (Londrina); Ivani Magalhães (SP); Leticia Liesenfeld e Yohana Ciotti (SP); Consonante Duo (SC); Luís Henrique Bocão - Palhaço Arnica (Londrina); Mari Bigio (PE); Maria Coelho (RJ); Marina Stuchi (Londrina); Os Tapetes Contadores De Histórias (RJ); Palhaça Adelaide (Londrina); Patrícia Maia – Cia Zoom (Londrina); Silvia Castro (RJ); Sire Orin (Londrina); e Zé Bocca (SP).
Confira a programação completa em ecoh.art.br
Oficinas
A primeira oficina do 12º ECOHserá “A arte de contar histórias com bebês e crianças pequenas” no dia 26 (sábado), atividade presencial com a educadora Ivani Magalhães, de São Paulo, que apresentará reflexões e recursos para a narração de histórias na primeira infância.
Já o contador de histórias Zé Bocca, de Sorocaba, vai conduzir oficina online no dia 29 (terça), apresentando a aula espetáculo “Da boca pra fora na ponta da língua”, demonstrando técnicas da narrativa oral que podem ser usadas por professores, educadores bibliotecários e agentes de leitura.
Por fim, no dia 31 (quinta-feira), a cordelista pernambucana Mari Bigio ministra a oficina“EnContar Cordel”exclusiva para os professores do projeto Palavras Andantes da rede municipal de educação.
Saiba mais sobre as atividades formativas do ECOH em ecoh.art.br/atividades-formativas/
Ingressos
Para as apresentações em espaço fechados é necessário retirar ingresso no local uma hora antes do início do espetáculo. A inscrição para as oficinas pode ser feita pela sympla.com.br, com ingresso a R$20 + taxa cobrada pela plataforma no valor de R$2,50.
Uma história de teimosia e persistência
Claudia Silva, coordenadora geral do ECOH desde a primeira edição, comenta com bom humor o sucesso do festival que recebeu 125 inscrições para o edital de seleção das atrações deste ano.
“A diferença entre teimosia e persistência é o resultado. Se dá errado dizemos que foi teimosia insistir na mesma história, mas quando dá certo, a gente se orgulha por ter sido persistente. O ECOH tem um pouco de teimosia e também de persistência, já que chegamos a 12ª edição, está dando certo”, comemora.
Impedida de participar integralmente do encontro por conta de um tratamento de saúde, Claudia convidou o pesquisador, narrador e escritor paulista, Giuliano Tierno para reforçar a equipe. Ele já havia participado como artista e palestrante, mas pela primeira vez integra a comissão organizadora. Ao lado de Daniela Fioruci, coordenadora pedagógica, Tierno selecionou narradores e companhias para a programação deste ano.
Para ele uma das características que torna o ECOH relevante é abrir possibilidades de transformação pessoal por meio das histórias contadas de forma envolvente.
“Buscamos contemplar a história, a palavra, o conto, ralentando o tempo, suspendendo o tempo, para falar e ouvir numa qualidade mágica, encantatória, em que a realidade, muitas vezes hegemônica, dá espaço para outras narrativas possíveis e, portanto, para a gente entrar em outros reais possíveis. Essa me parece a dimensão política de um evento, de um encontro como o ECOH. Dar espaço para que as pessoas reinventem a sua própria realidade e possam encontrar outros modos de narrar-se e de narrar o lugar em que habitam”, avalia.
Realização
Instituto Cidadania
Patrocínio
Promic - Programa de Incentivo à Cultura
Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Londrina
Parceria Institucional
Londrina Mais, Okupa
Apoio Cultural
Vila Cultural Alma Brasil, SESC, CLAC, Vila Cultural Casa da Vila, Barracão Tangará
Christina Mattos/Asimp
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