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No mês da consciência negra, o projeto Estação Samba realiza, dia 11 de novembro, o espetáculo “Raízes do Samba”, no bar Valentino, a partir das 20h, com composições e narrativas que ajudam a compreender a história centenária dessa cultura popular brasileira.

O espetáculo é o último de uma trilogia sobre o samba promovido pelo projeto em 2018. O primeiro, acontecido em julho, foi “As Bambas do Samba”, sobre o protagonismo das mulheres no gênero musical. O segundo foi “Lugares do Samba”, apresentado em setembro, tendo como tema os bairros, morros, botequins e agremiações carnavalescas que são suas fontes.

O terceiro espetáculo será de celebração e consciência da participação do povo negro na formação do Brasil. “Fazemos esse espetáculo para afirmar o orgulho de termos e sermos uma cultura afro-originada”, afirma a pesquisadora, roteirizadora e apresentadora Juliana Barbosa.

Em “Raízes do Samba”, a escolha do repertório segue duas vertentes. A primeira delas uma seleção sobre a trajetória do samba urbano. A segunda são sambas que falam da negritude e da luta do povo negro pela liberdade, justiça e igualdade. Serão ao todo 12 composições, selecionadas criteriosamente por Juliana.

Relacionados à trajetória do samba, estarão no espetáculo “O samba sempre foi samba”, de Maurício Tapajós e Nei Lopes; “Bebadosamba”, de Paulinho da Viola; “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida; “Agoniza mas não morre”, de Nelson Sargento; “Moleque atrevido”, de Jorge Aragão, Flávio Cardoso e Paulinho Resende e “A voz do morro”, de Zé Keti.

A negritude vai ser celebrada nas letras de “Kizomba, a festa da raça”, samba enredo da Vila Isabel no carnaval de 1988, composição de Rodolpho, Jonas e Luiz Carlos da Vila; “Sorriso Negro”, de Jorge Portela, Adilson Barbado e Jair Carvalho; “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, tema do vibrante carnaval da Tuiuti em 2018, composto por Claudio Russo, Moacyr Luz, Zezé, Jurandir e Aníbal; “Jongo do Irmão Café”, de Nei Lopes e Wilson Moreira; “Semba dos Ancestrais”, de Martinho da Vila e Rosinha de Valença e “Candongueiro”, de Nei Lopes e Wilson Moreira.

Novidade significativa no espetáculo, informa Juliana Barbosa, será subirem ao palco seis cantores negros londrinenses, bastante conhecidos por aqui pelo talento: Gleice Regina, cantora popular do samba em Londrina; Luiza Braga, voz jovem e cheia de garra; Joaquim Braga (o Braguinha), conhecido cantor, compositor e organizador do carnaval na cidade; Joaquim André, referência das rodas de samba; o talento irreverente de Tonho Costa e a voz primorosa de Thiago Barcelos.

Os arranjos e direção musical serão de Samuca Muniz, reconhecido no cenário da música londrinense, arranjador em diversos espetáculos e grupos musicais. Os músicos fazem parte do grupo “Bando de Qualquer Um” e não deixam por menos: no violão 7 cordas, Samuca Muniz; no cavaco e coro, Bethânia Paranzini; na flauta: Annalisa Powell; no bandolim, Guilherme Villela; no surdo, Edson Camargo (Baiano); no pandeiro, Luiz Gustavo (Mi); cuíca e rebolo, Rafael Fernandes (Rafão); caixa e repiques, Sal Vinícius e no cavaco, Wilson Saraiva.

Juliana Barbosa promete que as histórias e comentários que apresentará no espetáculo terão intensidade. “Ao falar das raízes do samba, vou estar falando das minhas origens, da minha identidade, da consciência de ser negra. Vai ter muita emoção nisso!”

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