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Para entender uma cultura, é preciso situá-la no contexto de seus cenários e espaços sociais, lugares onde a vida é vivida e as coisas acontecem. Os sambas e suas histórias são marcados pelos seus lugares de origem: os terreiros, os bairros, os subúrbios, os morros, as escolas de samba, os botecos, as cozinhas e quintais. A importância e o amor por esses lugares estão registrados nas composições de sambas memoráveis.

O projeto “Estação Samba” apresenta neste domingo, 16 de setembro, no Bar Valentino, o espetáculo “Lugares do Samba”, cantando os sambas e contando as histórias desses  cenários de vida e inspiração. Ao lado de Juliana Barbosa, que apresenta o espetáculo e narra as histórias, estará o cantor Paulo Vítor Poloni, interpretando uma seleção de 12 sambas com essa temática.

Paulo Vitor é um dos mais versáteis intérpretes da cidade. Além de cantar e atuar em espetáculos cênico-musicais, dirige vários deles e é professor de coro cênico do Festival Internacional de Música de Londrina. O cantor convidou para dividir o palco com ele também cantoras expoentes da cena cultural londrinense: Natália Lepri, impecável na afinação da voz; a versátil Gabriela Catai, cantora do grupo Cluster Sisters, que transita pelo jazz e pelo samba; Giovanna Correia, também das Cluster Sisters, vai homenagear o sambista Wilson das Neves cantando um de seus sucessos e Silvia Borba, das mais atuantes cantoras de samba em Londrina, leva ao palco sua voz única, de timbre popular.

Os arranjos e a direção musical são de André Siqueira, pesquisador da canção brasileira e multi-instrumentista. André também empresta seu talento como instrumentista, tocando violão, flauta e bandolim, junto com Mateus Gonsales ao piano, Gabriel Zara no baixo, Bruno Cotrim na bateria e Sal Vinícius na percussão.

Os atores da vida real

Juliana Barbosa, que apresenta o espetáculo, é mentora do projeto “Estação Samba”,  e apresentou durante 8 anos, de 2008 a 2016, o programa com o mesmo nome na Rádio UEL FM. Comentando a importância dos lugares sociais como fontes do samba, ela lembra o geógrafo e intelectual, Milton Santos, para quem os pobres, no enfrentar as dificuldades vivem em alerta permanente, são atores lutando no drama real, criando e recriando a cultura em seus espaços de vida, com a cara de seu tempo. Os sambas são formas populares encontradas para falar das histórias e personagens da labuta cotidiana. “Minha pesquisa e minha seleção de sambas põe sempre em evidência os artistas populares, porque credito a eles lugar essencial na manutenção da cultura do samba”, argumenta ela.

Prof.ª Dr.ª Juliana Barbosa/Asimp

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