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O espetáculo de teatro de rua “Tempos de Cléo” é um solo de Márcia Costa com direção de Gabi Fregoneis, texto e assistência de direção de Carolina Santana, figurino de Cristine Conde, identidade visual de Sérgio Augusto e produção de Rachel Coelho.

Realizado com recursos do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2014, a primeira inspiração para este trabalho foi uma personagem real das ruas maringaenses chamada Cléo. Foi a partir da observação desta assídua frequentadora do campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que o projeto surgiu e ganhou corpo, para aos poucos, durante o processo, descolar-se da personagem e seguir outros rumos.

“Tempos de Cléo” propõe um encontro ao ar livre. De repente, nos deparamos com a errante, uma acumuladora de histórias e seu corpo transbordado de memórias. Em uma pessoa está a lembrança de muitas: a alegria de Jéssyca, o amor da mulher que só por amar já vai pro céu, a simpatia do consertador de sapatos, o nervoso ex-militar da feira, o delicado vendedor de algodão doce, o intrépido homem que não toma remédio contra HIV e tantos outros e outras que estão nessa instigante jornada. No espaço de passagem ou na passagem do tempo fica o convite para saborear essas histórias.

O espetáculo estreou em outubro de 2015 em Maringá, após mais de um ano de processo, cumprindo temporada de dez apresentações em locais variados, como a feira livre, a Universidade Estadual de Maringá, praças e Academia da Terceira Idade do Conjunto Ney Braga. Desde então, o espetáculo vem participando de festivais, tais como a mostra FRINGE, do Festival de Curitiba; o FESTIA – Festival Internacional de Teatro de Canoas (RS) e o FETACAM – Festival de Teatro de Campo Mourão.

Processo

Foi em julho de 2014 que o grupo começou a se encontrar para escrever o projeto e visualizar como seria a montagem da peça. Em outubro foram contemplados com o Prêmio da Funarte, que demorou alguns meses para depositar os recursos (somente em março de 2015). No meio disso tudo, uma gestação: a diretora Gabi Fregoneis teve uma filha, que nasceu em maio de 2015.

O grupo realizou diversos estudos teóricos, tendo como ponto de partida o livro “Elogio aos errantes”, de Paola Berenstein Jacques, passando por obras de Walter Benjamin, Michael Lövy e André Carreira. Paralelamente, a atriz realizou experimentações nos lugares escolhidos para apresentação, aplicando “dispositivos”, tais como andar de costas lendo jornal, abraçar uma lixeira, escovar uma peruca e oferecer café e conversa grátis). O objetivo era provocar reações e entrar em contato com histórias, anseios e testemunhos.

Todo o material foi registrado em áudio, vídeo e fotos e disponibilizados no blog www.temposdecleo.wordpress.com e tudo foi utilizado na tessitura da dramaturgia assinada por Carolina Santana. Vídeos também foram disponibilizados no canal “Tempos de Cléo”, no YouTube  (https://www.youtube.com/channel/UCqUbeeluAIhlmoZ7rRCmrbg/videos)

Asimp/Sesc/PR

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