Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Inscrições estão abertas para as atividades que acontecerão entre os dias 28 e 30 de janeiro

O grupo de Capoeira Senzala Londrina promoverá, no último fim de semana de janeiro, a segunda edição do Festival Ginga Londrina. O grupo é apoiado pela Prefeitura de Londrina, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic). As inscrições para participar já estão abertas, sendo que os interessados podem fazê-la até o dia 27 de janeiro, clicando aqui. As atividades são gratuitas, exceto os cursos, que custam R$ 20,00 cada. O festival tem classificação etária livre.

Para a abertura está previsto um curso de Samba de Roda, com Fernanda Machado. Ele acontecerá na sexta-feira (28), das 19h às 22h. No sábado (29), serão ministrados os cursos com o mestre Pavão e com a contramestre Maré, das 8h às 11h. Além disso, ainda no sábado (29), haverá um aulão e uma roda de capoeira. O aulão será das 11h30 às 13h30, no Calçadão de Londrina, em frente ao Banco do Brasil. O aulão será aberto aos capoeiristas tanto inscritos, quanto não inscritos. As atividades serão livres e a ideia é realizar uma aula rápida com movimentos básicos de capoeira, contando com a participação do público que quiser participar. Em seguida, haverá uma apresentação das crianças do Grupo Senzala, que participam das aulas na zona norte. Após, elas farão uma uma roda de capoeira. A roda de capoeira será das 18h às 19h, na Concha Acústica, que fica na Rua Piauí, 130.

No domingo (30), haverá o batizado e a troca de cordas do grupo Senzala Londrina. As atividades acontecerão, em sua maioria, na Escola Municipal Maria Shirley Barnabé Lyra (Rua Maria Abucarud Antoun, 87), sendo que apenas o aulão e a roda de capoeira serão em locais diferentes. 

Sobre os cursos

Segundo o professor de capoeira e organizador do evento, Márcio Triachini Codagnone, o curso de Samba de Roda, ministrado por Fernanda Machado, irá trabalhar os fundamentos do samba, desde a parte histórica aos elementos da dança. A convidada faz parte de um grupo chamado “Sambadeiras de Bimba” e é neta de um dos maiores nomes da história da capoeira e da cultura afro-brasileira, o Mestre Bimba (Manoel dos Reis Machado). O avô da palestrante foi o criador da Luta Regional Baiana, que mais tarde passou a ser chamada de Capoeira Regional. Ele desenvolveu o estilo com o objetivo de introduzir metodologias de ensino para a modalidade, buscando retirar a capoeira da marginalidade.

Já o segundo curso, que será com o mestre Pavão, serão ensinados movimentos da capoeira moderna ou contemporânea. O estilo foi influenciada por outros como a Capoeira Regional e Angola, e que na década de 1960 ganhou um jeito próprio de se fazer capoeira. No curso, serão abordadas questões de didática e metodologia de ensino. 

Por fim, o curso da contramestra Maré será de Capoeira Primitiva, que é uma técnica muito parecida com a capoeira de Angola, porém com elementos que remetem aos ensinamentos da época em que o negro era cativo e fica nas senzalas, precisando desenvolver técnicas de defesa em curto espaço, se adaptando ao ambiente.

Para o organizador do evento, o apoio do Promic contribui para que eventos como este recebam convidados de fora. “Essa disponibilidade de recursos ajuda para que mais e mais festivais aconteçam, não só de um grupo, como de outros também, e para que os profissionais de capoeira possam se capacitar, possam trocar experiências com pessoas de outros locais. Estamos recebendo pessoas do Acre e de Curitiba, e já temos contato de outras cidades do Paraná e de São Paulo. Isso é muito importante! A gente só consegue realizar este evento por conta do Promic”, disse.

Codagnone também explicou a importância do Promic para o grupo. “O apoio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura é essencial para quem é produtor cultural, para quem é fazedor de cultura, principalmente para a cultura afro e afro-brasileira. A gente encontra muita dificuldade em receber apoio e patrocínio da iniciativa privada, e o Promic ajuda a gente a desenvolver atividades, a fazer intercâmbios e a movimentar o cenário da capoeira na cidade”, explicou o professor.

Samir Kadri/NCPML

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.