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Jovens de 16 países apresentam espetáculo que promove o diálogo e a união entre todos os povos. Evento, que acontece pela primeira vez na América Latina, será realizado no Auditório Ibirapuera nos dias 27e 28 de fevereiro

Música, dança, vídeos. Arte como instrumento de integração e interação entre jovens de todo o mundo para celebrar o encontro da diversidade de culturas e talentos linguísticos, independentemente de crenças ou sistemas políticos. Esse é o objetivo do Festival Internacional de Língua e Cultura (IFLC), realizado anualmente desde 2003, que terá pela primeira vez o Brasil como um dos países-sede.

Promovido pelo Centro Cultural Brasil Turquia, representante oficial do IFLC no país, a edição brasileira do festival contará com a participação de jovens de 17 países. Alunos do Núcleo Luz (Fábricas de Cultura, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo), meninos percursionistas do grupo Guaçatom (Associação Criança Feliz), alunos da Escola de Música de São Paulo, Colégio Belo Futuro Internacional e da Fundação do Theatro Municipal de São Paulo compõem o núcleo brasileiro do festival, junto com outros jovens selecionados em organizações sociais, culturais e educacionais da capital paulista.

Além dos jovens brasileiros, participarão do evento crianças e adolescentes dos Estados Unidos, Filipinas, México, Paraguai, Iraque, África do Sul, Portugal, Moçambique, Argentina, Índia, Marrocos, Alemanha, Ucrânia, Geórgia e Cazaquistão. O festival, em 2016, acontecerá de fevereiro a junho em mais de 25 países em todos os continentes. A primeira edição do ano acontecerá nas Filipinas; a última, na Rússia. Seis jovens brasileiros representarão o Brasil nos Estados Unidos, Moçambique, África do Sul, Índia,  Austrália e Rússia.

A exemplo das edições anteriores do IFLC, o evento no Brasil contará com apresentações de música e dança que expressam a identidade de cada uma das nações participantes. "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, é a música brasileira do festival. O espetáculo, dirigido por AlperOflaz -responsável pela direção geral de música em todos os países-sede- terá aproximadamente duas horas de duração.

A primeira edição do IFLC ocorreu na Turquia, em 2003, com 17 países participantes; dez anos depois, passou a ser organizado em vários países-sede. No ano passado, a 13ª edição foi realizada em 20 países, com participação de jovens estudantes de 145 nações. O Centro Cultural Brasil Turquia promoveu a participação de jovens brasileiros em várias edições e comemora o fato de realizar no Brasil uma das edições do 14º Festival de Língua e Cultura. – "A diversidade cultural do povo brasileiro enriquece o aprendizado de jovens de qualquer nacionalidade", diz Mustafa Göktepe, presidente do CCBT.

O processo seletivo

Dezenas de jovens foram indicados para participarem do processo seletivo que escolheria aqueles que iriam representar o Brasil em seis países, ao longo da programação da 14ª edição do Festival Internacional de Língua e Cultura, em 2016. Os professores dos estudantes de instituições públicas e privadas de São Paulo, que têm ligação com a música, canto ou dança, sugeriram a inscrição para os testes do IFLC. Com o apoio e a devida autorização dos pais, participaram da seleção realizada por empresa especializada em música, contratada pelo CCBT. Após o processo seletivo em São Paulo, que incluiu treinamento de duas semanas para as apresentações, vídeos com a performance de cada candidato foram enviados ao Conselho Geral de música do evento, na Turquia e nos EUA, que fez a seleção final. O Diretor Geral de Música, AlperOflaz, participou da pré-seleção no Brasil. Todos os selecionados participarão do evento no Ibirapuera.

Os jovens do Brasil

Mikaela Akeme da Silva, 11 anos. Nasceu em São Paulo, assim como seus pais (mãe professora; pai, servidor público). Estuda no Centro Educacional de Diadema e adora música e dança. Aluna da Escola de Música do Theatro Municipal de São Paulo, irá representar o Brasil na Austrália. Para Mikaela, cuja indicação foi feita pela regente da Escola de Música, “participar do Festival é um sonho”. Ela define o evento como “um momento único de convivência com outras culturas”.  Deseja dar boas-vindas aos participantes estrangeiros que se apresentarão no espetáculo em São Paulo e espera ouvir “seja bem-vinda” quando chegar à Austrália, além de elogios ao Brasil.

Ricardo Nogueira, 13 anos. Faz parte do Coral Guelinhos, da escola Johann Gauss, desde os oito anos. Incentivado pela professora Rosana Araújo, pegou gosto pelo canto e já participou de dois musicais, diversas apresentações do Coral e até anúncio publicitário. Paulista, filho de mãe artesã e pai empresário, Ricardo será o solista brasileiro na África do Sul. Indagado sobre como se sente representando o Brasil no exterior, ele afirma: “É muita confiança depositada em mim. Vou representar 200 milhões de pessoas!”. Sobre sua participação no show em São Paulo, afirma: “Aqui estou em casa”.

Lucas Santana Pereira, 15 anos.  Nasceu em São Paulo e estuda no Colégio Belo Futuro Internacional e começou a se interessar por música com os pais, que cantam na igreja. Afirma ter um gosto musical diversificado e representará o Brasil no evento de Moçambique. “Será ótimo conhecer um novo país, uma nova cultura, fazer amigos, ter acesso a diversas línguas, uma viagem que será lembrada sempre”, diz Lucas, ao afirmar que também será muito gratificante cantar aqui no Brasil. “As músicas relatam a união entre pessoas da mesma pátria e a mistura entre culturas, raças etnias em amor, mostrando a paz que se pode alcançar entre esses povos”.

Sofia Martins Ribeiro, 13 anos. Faz parte do Coro Infantil da OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) há seis anos. Filha de ex-cantora lírica e engenheiro, nasceu no Rio de Janeiro, estuda na Escola Viva e sempre contou com o apoio da mãe, que sempre a incentivou a participar de aulas de canto e ballet. A indicação para fazer os testes do Festival veio de sua primeira professora de música. “Dei o melhor de mim e estou muito orgulhosa de poder participar desse evento tão grandioso. Estou muito feliz, vou poder mostrar um pouco do meu país para o mundo”. Sofia representará o Brasil na índia.

Maria Teresa Cordeiro do Rego, 16 anos. Paulista, filha e fonoaudióloga e advogado, estuda na Colégio Belo Futuro Internacional. Se interessa por música desde os cinco anos, quando começou a frequentar a Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA). Essa a é a segunda vez que participa do Festival; no ano passado, representou o Brasil em Moçambique, onde fez grandes amigos. “Tenho uma amiga portuguesa com quem falo todos os dias”, conta. “Esse evento é uma maravilha, mudou a minha vida e minha visão de mundo”, conclui.

Ana Ligia Petrone/Asimp

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