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Pesquisa considerou o ambiente regulatório do sistema do País e a adoção de serviços financeiros tradicionais e digitais

Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil ficou em terceiro lugar no ranking de inclusão financeira e digital, que avalia os avanços em 26 países em desenvolvimento. De acordo com o levantamento, realizado pelo Instituto Brookings, o País “tem demonstrado um forte comprometimento nacional com o avanço da inclusão financeira”.

O Brasil recebeu 78% dos pontos possíveis. O levantamento destaca que o acesso a serviços financeiros formais tem crescido no País nos últimos anos, o que se traduz no fato de que 73% dos municípios brasileiros possuem mais de 15 postos de atendimento financeiro por 10 mil habitantes – entre agências bancárias, correspondentes bancários e caixas eletrônicos. Em 2005, esse percentual era de 14%.

A pesquisa considerou quatro fatores básicos: o comprometimento do País com o assunto, a capacidade móvel, o ambiente regulatório e a adoção de serviços financeiros tradicionais e digitais.

A pesquisa cita a realização do Fórum de Cidadania Financeira como um exemplo de comprometimento com a inclusão financeira no País. Segundo a chefe do Departamento de Educação Financeira (Depef) do Banco Central, Elvira Cruvinel, foi a partir do Fórum de Cidadania Financeira que foram lançadas as bases do Plano para Fortalecimento da Cidadania Financeira, também citado no relatório Brookings.

“O objetivo desse plano será acompanhar durante os próximos anos uma série de iniciativas voltadas ao desenvolvimento da inclusão, educação e proteção aos consumidores de serviços financeiros”, complementa.

Próximos passos

De acordo com a pesquisa, entre os pontos que o País pode aprimorar está o estabelecimento de metas mensuráveis de inclusão financeira. A chefe do Depef afirma que isso está no radar do Plano para Fortalecimento da Cidadania Financeira, lançado no final do ano passado.

“O plano pretende mapear e promover ações com metas específicas e mensuráveis nos três pilares da Cidadania Financeira – inclusão, educação e proteção" diz Elvira. Segundo ela, a ideia é que as medidas "estejam também alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”.

Elvira destaca que atualmente um dos principais trabalhos é levantar dados e desenvolver indicadores, o que possibilitará um melhor diagnóstico da inclusão no País – e uma comparação mais equilibrada com outros países.

“Esses indicadores serão disponibilizados ao público por meio do Sistema Gerenciador de Séries Temporais (SGS), permitindo o desenvolvimento de estudos e diagnósticos que possam direcionar tanto ações de entidades particulares quanto políticas públicas”, afima.

O estudo também defende que o Brasil deve estimular o ato de poupar, principalmente entre cidadãos de baixa renda e de comunidades rurais. “Ter poupança é importante por diversos motivos: precaver-se diante de situações inesperadas, preparar-se para a aposentadoria, planejar-se para realizar desejos e projetos específicos no futuro, tais como comprar um carro, fazer um curso ou uma viagem” aponta Elvira Cruvinel.

Ranking

Criado em 2015, o Relatório do Projeto de Inclusão Financeira e Digital do Instituto Brookings destaca a importância de desenvolver ferramentas formais para promover a inclusão financeira, envolvendo representantes do setor público e do setor privado. No ano passado, o levantamento considerou dados de 21 países em desenvolvimento, número que chegou a 26 neste ano com a inclusão de dados sobre a República Dominicana, El Salvador, Egito, Haiti e Vietnã.

Assim como em 2015, o Quênia obteve as melhores avaliações no levantamento deste ano, com avaliação média de 84%. Em seguida, está a Colômbia, que obteve 79% dos pontos possíveis. Brasil, Uganda e África do Sul dividem a terceira colocação. O relatório destaca que, em todos os países avaliados, inovações tecnológicas estão ajudando na inclusão financeira de cidadãos que, antes, não tinham acesso a serviços financeiros.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Banco Central

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