Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

O investimento de cerca de R$ 8 bilhões previsto pelo Governo do Estado para 2016 vai impulsionar a geração de emprego, especialmente na construção civil, um dos setores mais afetados pela recessão econômica brasileira. A estimativa é que possam ser gerados até 50 mil empregos diretos e indiretos com as obras previstas, de acordo com projeção do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). 

"O investimento é, neste momento, o melhor atalho para a retomada do desenvolvimento econômico, do Paraná e do Brasil", diz o governador Beto Richa. "A política econômica federal estava muito centrada no consumo, que se esgotou e não teve mais condições de responder às equivocadas medidas tomadas em Brasília. O País só retomará o crescimento, de forma sólida e sustentada, se retomar os investimentos em infraestrutura de transporte e logística e também em políticas sociais", acredita Richa. "Devido à sua boa condição fiscal, o Paraná está em condições de realizar este grande investimento".

Considerado o maior volume da história do Estado, os R$ 8 bilhões contemplam um pacote de diversas obras, que incluem de pavimentação urbana à duplicação de rodovias, de construção de delegacias, escolas e hospitais a reformas e melhorias em edificações públicas. Do total, R$ 3,7 bilhões são de recursos do Tesouro e R$ 4,3 bilhões de estatais, como Sanepar e Copel. 

EQUILÍBRIO - Em 2015, o investimento do Estado foi de R$ 1,031 bilhão. O aumento dos aportes neste ano é se deve, principalmente, ao ajuste fiscal, que melhorou a situação financeira do Estado. 

“O Paraná não está imune aos efeitos da crise, mas a possibilidade de geração de empregos nesse porte, por conta dos investimentos do Estado, é significativa e ajudará a compensar, ainda que em parte, a desaceleração do mercado de trabalho”, diz presidente do Ipardes, Júlio Suzuki Júnior. A projeção do Ipardes toma como base uma matriz econômica que analisa cada obra prevista no orçamento estadual e seu impacto na geração de vagas, principalmente na construção civil. 

RETOMADA - A Associação Paranaense dos Empresários de Obras Públicas (Apeop) reforça a estimativa de geração de vagas com as obras. A entidade prevê que entre 50 mil e 55 mil empregos sejam gerados nos próximos dois anos com as obras do Estado. 

“Essas obras representam uma importante retomada do investimento em um momento em que a economia vai mal”, diz o presidente da entidade, José Ângelo Turra Catedral. “Com as obras do governo federal paradas, estamos muito otimistas com esses projetos do Estado, que devem movimentar o emprego e a economia do Paraná”, diz. 

Os investimentos devem multiplicar por cinco o volume de empregos em obras do Estado. A Apeop calcula que em projetos em andamento no Paraná, iniciados em anos anteriores, trabalham hoje cerca de 10 mil pessoas. 

O aquecimento da construção civil deve ter efeito sobre outros setores, de acordo com a Apeop. “Investimentos em construção pesada alavancam as vendas de areia, asfalto e máquinas, por exemplo. Ao mesmo tempo, os trabalhadores da obra ajudam a movimentar o comércio e os serviços da região”, diz da Catedral, da Apeop.

ESTÍMULO - De acordo com Suzuki Júnior, o investimento público, além de reanimar a economia por meio da geração de emprego e renda, também serve de referência para o setor privado voltar a investir. 

“O setor privado, que tradicionalmente faz o maior volume de investimentos no País, se pauta pelos sinais dados pelo setor público. Com isso, o governo do Estado dá mais condições para que os projetos do setor privado também possam se desenvolver”, diz Suzuki. O investimento realizado pelo Estado traz ainda, depois de concluída a obra, mais produtividade para o setor privado na forma de uma infraestrutura mais eficiente. 

AEN

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.