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Presidente da Frente da Educação disse que não vota a favor da proposta. Ele acha que o governo tem que ser parceiro das entidades

A possibilidade de o governo mudar a destinação dos recursos compulsórios do Sistema S não encontra eco na presidência da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, pelo menos na opinião do presidente do colegiado, deputado Alex Canziani (PTB-PR). Ele abordou o caso como palestrante do “Diálogo 5” do Congresso Nacional do Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio (Sicomércio), realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), no Rio de Janeiro.

Canziani defendeu o Sistema S, e avisou: “Se o governo quiser simplesmente pegar os recursos do Sistema S, meu voto não terá. Para tirar recursos de quem faz com competência e dedicação, com estrutura para melhorar a formação de mão de obra, não vão contar conosco”, alertou. Para o presidente da FPE, a alternativa seria ampliar a parceira do governo via Programa Nacional do Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “O Sistema S sempre foi parceiro do governo, ajudando na formação dos trabalhadores do Brasil. Impor algo ao Sistema S não é o caminho”, destacou o deputado, durante a sua apresentação no debate.

O painel “Educação para o Trabalho e Atuação Parlamentar” teve como mediador Marcos Arzua, secretário-geral da Confederação. “Cidadania é um direito Constitucional, e no nosso âmbito de educação, no nosso sistema sindical do comércio, o Senac, desde 1946 é uma referência. Mas é indiscutível o fato de que o Poder Legislativo é o lugar perfeito para o desenvolvimento de políticas públicas para a educação”, afirmou Arzua, ao apresentar Alex Canziani à plateia.

Formação básica e currículo

“A formação básica até os seis anos é importante para o desenvolvimento do futuro cidadão”, disse Canziani, para destacar a importância dessa fase de estudos. Para ele, o ensino médio é o grande gargalo da educação, devido, entre outros fatores, à evasão escolar. Muitos deles não veem o significado de estar na escola. “Estrutura ruim e professores sem didática são fatores críticos para o Brasil. Ou revertamos isso no ensino médio, para ser mais adequado, para que possa ser mais interessante para o aluno, ou não vamos reverter a situação de nosso país."

O presidente da Frente Parlamentar da Educação falou também sobre o currículo nacional comum, que busca a padronização de pelo menos 60% do currículo da educação básica no Brasil. “Hoje qualquer escola de qualquer cidade ensina determinadas coisas sem conexão com o que acontece no restante do País. Os países que tiveram avanço na educação tinham uma base comum, por normatizar o que ensinar”, explicou Canziani.

Para o deputado, é preciso também pensar na formação dos educadores. “O Brasil precisa de profissionais que façam diferença. Precisamos formar essa mão de obra para que o professor saiba usar as melhores tecnologias em sala de aula. Que saiba engajar alunos”. Canziani conclamou os empresários a participar dos debates e iniciativas do governo para a educação e sugeriu a possibilidade de centro de formação de professores, o que ele considerou que seria “mais uma grande contribuição do Sistema com o País”.

"Falta também conhecimento dos deputados sobre muito do que é feito na educação", destacou Canziani. “Temos que nos aproximar mais dos deputados e senadores.  O trabalho feito pela CNC nesse sentido em Brasília e nos Estados é fundamental para que tomem conhecimento de tudo o que é feito pelo Sesc e pelo Senac em todo o País. Sou um defensor do Sistema S porque acredito na competência que tem. Temos causas em comum, como o emprego, o trabalho e, acima de tudo, a educação”, destacou.

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