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No Marista Escola Social Irmão Acácio, em Londrina, elas são 40% do total de alunos matriculados  nos cursos

De origem predominante masculina, o mercado da tecnologia da informação vem sendo cada vez mais ocupado por mulheres. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE, em 2016, apenas 20% dos profissionais no mercado de Tecnologia da Informação eram mulheres. Hoje, essa realidade vem mudando. No curso Técnico de Informática, concomitante com o Ensino Médio do Marista Escola Social Irmão Acácio, que atende gratuitamente crianças e adolescentes no Bairro Cj. João da Paz, em Londrina, elas somam 40% entre os alunos.

A representatividade feminina não se destaca somente na quantidade de matrículas, mas também nos trabalhos realizados ao longo do curso. No último mês, três jovens foram vencedoras de um Hackathon promovido pela escola. Com a criação de um aplicativo para agilizar processos de gestão e serviços, o projeto vencedor está em desenvolvimento e será finalizado no final do ano, na conclusão do curso.

O aplicativo criado pela equipe oferece soluções para o acesso ao sistema utilizado internamente na escola, seja para chamados de atendimento, suporte, ou para marcação de férias dos colaboradores, por exemplo. A ideia é que os alunos apresentassem soluções criativas e funcionais utilizando seus conhecimentos. “Um ou dois conteúdos de cada disciplina, além de conceitos de jogabilidade, gamificação, animação gráfica, análise, programação e design gráfico, tinham que ser utilizados. Para reforçar os desafios impostos pela pandemia, o trabalho em equipe, mesmo a distância, é super importante”, conta o coordenador dos cursos técnicos em informática, Eder Diego de Oliveira.

O app vencedor utilizou características físicas dos professores e colaboradores para criar personagens que interagem na plataforma. A ideia surgiu como forma de simplificar a sua utilização. “Pensamos em proporcionar o acesso, porque sabemos que algumas pessoas não tem facilidade com questões tecnológicas, diferente da nossa geração que já nasceu mais conectada”, reforça Karina Heloisa Pereira, de 18 anos, uma das integrantes do grupo vencedor

O futuro da tecnologia nas mãos delas

A pandemia do coronavírus gerou um aumento no uso de aplicativos e ferramentas tecnológicas, registrando um crescimento mundial de 40% se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo a empresa App Annie.  Pensando nisso, um dos primeiros passos foi transformar o site utilizado na escola em um aplicativo de fácil acesso. “A nossa ideia é deixar o sistema mais simples, mas também com um design bonito e próximo dos apps que utilizamos diariamente, revela  Tiffany Cristine Julião Costa. Já Kamila de Oliveira Delfino acredita que a vitória do grupo formado só por meninas e o crescimento das matrículas nesse curso  pode ser uma inspiração. “É bom ver mais mulheres se interessando pela área, a tecnologia está em todo lugar e faz parte do futuro e esse curso vai contribuir para nossas escolhas e projetos de vida”, afirma.

Para o diretor do Marista Escola Social Irmão Acácio, Diego Oliveira de Lima, o crescimento da participação efetiva aponta um novo horizonte. “O aprendizado é possível para todos, e apresentar dentro de um curso técnico que todos podem realizar suas escolhas, sonhos e projetos de vida, é o que mais nos motiva diariamente”, conclui.

Nathalie Santini Maia/Asimp

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