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No próximo dia 16 de junho completará três  meses que o Governo do Estado publicou o decreto 4320/2020 assinado pelo próprio governador Ratinho Junior, que dispõe sobre as medidas de isolamento para se evitar o contágio do novo coronavírus. Todavia, tem se percebido algumas incoerências neste processo, sendo que, a mais preocupante foi a recente publicação das resoluções 1611/2020 e 1733/2020 que permitem a convocação dos profissionais de educação para cumprir expediente nas escolas públicas.  Como se não bastasse o stress que tem sido causado pelas aulas remotas, agora, estes profissionais se veem ainda mais pressionados e temem pela própria vida.

A professora Silvia (publicaremos apenas o primeiro nome para evitar represálias) se diz indignada com a pressão psicológica exercida pela Secretaria Estadual de Educação (SEED). “Como senão bastasse esta sobrecarga exaustiva que nos tem sido imposta pelas tele aulas, agora nós temos de nos submeter em ir  na escola, sem necessidade,  colocando em risco nossas vidas. Eles romperam o seu próprio decreto de isolamento, isso mostra a desorganização nas decisões que estão sendo tomadas.  É um absurdo”, destacou  a educadora.

“Fazer o trabalho remoto já tem sido exaustivo e agora ter que ir na escola para tirar duvidas de alunos  e familiares  sobre as tecnologias adotadas não é o nosso papel como pedagogos. Isso é desvio de função e tenho visto vários colegas adoecendo por conta de tanto trabalho  e stress”, declarou a pedagoga Rita de Cassia que trabalha na área há 25 anos.

O presidente da APP/Londrina, Marcio André Ribeiro , vê com preocupação e indignação as resoluções da SEED. “Temos visto nas últimas semana  um aumento acelerado dos casos de Covid 19, por isso nos preocupa muito estas medidas que acabam com o isolamento. Já temos denúncias de vários trabalhadores(as) da educação que podem ter se contaminado dentro da escola por conta destas atividades.  Estamos correndo risco de vida por causa destas atitudes absurdas da SEED, por isso a APP está tomando as providencias jurídicas cabíveis”, explicou Ribeiro.

Elsa Caldeira/Asimp

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