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Muita gente não leva a sério a necessidade de criar senhas eficientes e trocá-las com frequência para proteger seus dados e informações online. Uma pesquisa realizada em 2014 por alunos da Faculdade Pitágoras de Londrina mostrou que a maioria das redes sem fio localizadas no Centro da cidade tinha um nível de segurança muito baixo. Agora, o professor Emerson Rosa, coordenador do Projeto, vai repetir a pesquisa e comparar os resultados para saber se houve alguma alteração.  O Projeto começa este mês, com um curso gratuito, aberto à comunidade, nos laboratórios de informática da Faculdade Pitágoras Londrina. Além das aulas teóricas os alunos repetirão a pesquisa feita há dois anos, no mesmo quadrante entre as avenidas Duque de Caxias, Leste-Oeste, Higienópolis e JK.

De acordo com o professor Emerson, em 2014 os alunos identificaram aproximadamente 4 mil redes sem fio no local. “Nós fizemos uma varredura e encontramos muitas redes abertas, que podiam ser acessadas por qualquer um, não tinham senhas. Também havia redes com criptografias muito simples, que podem ser quebradas rapidamente”, alerta. O Professor explica que durante a pesquisa nenhuma das redes é acessada, pois isso seria ilegal. “Nós apenas identificamos as redes e verificamos se elas são seguras”, acrescenta.

A segurança das redes é importante para proteger informações pessoais e confidenciais, como endereços, telefones, dados bancários. “Recentemente invadiram a rede de um hospital na Alemanha. Todos os dados do hospital – cadastro de pacientes, orçamentos, planilhas, custos, etc. – foram criptografados e bloqueados. A administração teve que pagar um resgate para recuperá-los. É um sequestro virtual”, esclarece.

Para proteger a rede é fundamental usar uma senha bem elaborada. De acordo com Professor Emerson ela deve ser grande e incluir letras maiúsculas, minúsculas, símbolos e números. Outra dica importante é mudar a senha a cada dois ou três meses, e não usar a mesma senha para outros acessos (e-mail, contas bancárias, celular, etc.).

Dono é responsável pela rede

A responsabilidade pelo uso da rede sem fio é do proprietário, ou seja, se a rede for invadida e utilizada para algum crime, como pedofilia ou cyberbullying, o IP do equipamento é identificado e o dono responde pelo crime. “Já existe delegacia de crimes virtuais no Brasil e também casos de pessoas que foram punidas por uso indevido da rede”, indica Emerson.

O cuidado com a segurança também é recomendado para acessar redes desconhecidas, principalmente as abertas e gratuitas. O professor alerta que elas podem ser “armadilhas” para atrair usuários e roubar informações. “Isso acontece bastante em aeroportos, hotéis e rodoviárias. Ao acessar essas redes é preciso lembrar que elas são comunitárias, ou seja, há milhares de outros usuários usando a mesma rede junto com você”, diz ele. O professor Emerson ensina a desconfiar de várias redes abertas com o mesmo nome e de redes que não exigem cadastro (login e senha): “O ideal seria utilizar serviços de 3G/4G em vez de Wi-Fi em locais públicos”, acrescenta.

Projeto Redes sem Fio

O Projeto de Extensão Redes sem Fio está com inscrições abertas. O curso é gratuito e inclui uma parte teórica, no laboratório de informática da Faculdade Pitágoras de Londrina, e também uma pesquisa de campo em que os alunos, acompanhados pelos professores, farão uma análise de segurança das redes sem fio na região Central de Londrina. A carga horária total é de 32 horas com aulas e atividades aos sábados pela manhã no período de 12/03 a 25/06. São 20 vagas para a comunidade externa. Podem participar maiores de 18 anos, com noções de informática e que não estejam estudando em nenhuma outra instituição de ensino superior. Inscrições até o dia 10/03 pelo telefone 3373-7336 ou no link: https://docs.google.com/forms/d/1HmjqeTDQYSIZS2eQLT4DLQF1_mH3QGHqYKEq-5zndYc/viewform

Os selecionados para participar do projeto serão informados no dia 11/03, por telefone ou e-mail.

Phoenix Finardi Martins/Asimp

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