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A exemplo do que acontece no governo estadual, que criou o Comitê de Volta às Aulas para estudar um protocolo de retorno parcial das aulas presenciais, o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) têm buscado um diálogo similar junto a Prefeitura de Curitiba, diante da necessidade de se planejar e organizar o retorno das aulas presenciais da rede privada - Educação Infantil, Ensino Fundamental 1 e 2, Ensino Médio, Ensino Superior e Escolas de Idiomas/ Cursos Livres - o mais breve possível. E no caso da Educação Infantil, o Sinepe/PR pede uma atenção maior, tendo em vista que este segmento de ensino está sofrendo grandes impactos decorrentes da pandemia (evasão de alunos, fechamento de unidades e desemprego), o que vai onerar drasticamente o município na abertura de vagas para alocar estes estudantes.

Enquanto o Governo do Paraná segue atento a esses processos, a capital paranaense permanece inflexível e sem se manifestar sobre quais serão os próximos passos. No mês de abril, o Sinepe/PR apresentou à Prefeitura uma proposta de um Plano de Retomada às Aulas para a Educação Infantil e Ensino Fundamental – anos iniciais para atender os filhos das mães que voltam a trabalhar. Apenas na terça-feira (14) da semana passada, o Sindicato recebeu uma devolutiva do município negando a solicitação feita. “Pedimos urgência num posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba sobre nosso pedido. A rede  privada está pronta para retornar com as aulas presenciais, gradativamente”, reforça a presidente do Sinepe/PR, Esther Cristina Pereira.

Na avaliação da entidade, é crucial que se crie um Comitê de Volta às Aulas junto a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba para discutir o retorno progressivo às aulas na cidade para auxiliar, nesse momento principalmente, mães e pais cujos trabalhos têm caráter essencial. “Estamos muito preocupados com os espaços que esses estudantes estão ficando nesse momento, como salões de festas infantis ou dentro de condomínios com babás e cuidadoras, ou mesmo com as mães crecheiras” , alerta a presidente do Sinepe/PR.

No caso da Educação Infantil, a questão pedagógica é ainda mais grave: crianças até os cinco anos de idade, etapa fundamental de alfabetização, estão há quatro meses em um formato de ensino que compromete sua assimilação.  “A Prefeitura de Curitiba, diferentemente de outros municípios, não tem um posicionamento oficial sobre a questão e segue postergando uma decisão e discussão sobre esse assunto. Enquanto isso, milhares de crianças seguem aguardando e com sua educação em xeque”, pontua. “Os prejuízos não param por aí. Dados recentes da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente revelam que, em função do fechamento das escolas, o registro de violências contra crianças e adolescentes caiu 18%, se comparar os números de abril deste ano com o mesmo período de 2019.  As crianças estão sofrendo sozinhas porque era no convívio diário com os professores, dentro das escolas, que elas conseguiam fazer a denúncia”, acrescenta Esther Cristina Pereira.

O Sinepe/PR se coloca à disposição da gestão municipal para planejar esse retorno. Nos próximos dias, será realizada uma pesquisa junto aos pais da rede privada para estipular uma data ideal para volta às aulas. Com esse levantamento, será possível estabelecer o que seria o momento mais apropriado após o eventual aval da SESA (Secretaria de Estado da Saúde).

Sinepe/PR participa de Comitê com Governo do Estado

O Sinepe/PR participou de uma reunião (online) com a Secretaria de Estado da Educação (SEED), no dia 14 de julho, seguindo o cronograma da agenda de encontros setoriais do Comitê de Volta às Aulas.  Participaram do encontro a Presidente do Sinepe/PR, Esther Cristina Pereira, e a Diretora de Planejamento do Sindicato, Carmem Murara, que reforçaram a preocupação do setor para garantir um plano que possa ser cumprido por todas as escolas.

Durante a reunião, o Sinepe/PR se disponibilizou a dar início aos protocolos e se ofereceu para contribuir com a organização do rodízio necessário dentro das escolas, assim como nas medidas sanitárias fundamentais junto à SESA, para minimizar os riscos de contágio. “Este é um trabalho necessário para o futuro do Paraná e para as pessoas que seguem trabalhando em serviços essenciais, não apenas uma ação para as escolas particulares”, pondera Carmem Murara, que também apresentou sugestões de protocolos internacionais e exemplos positivos usados em outras regiões do país. A ideia é que o plano seja concluído até o final deste mês.

Rede privada está pronta para retornar

Após a reunião com a SEED, o Sinepe/PR obteve aval para o retorno das aulas presenciais em cidades como Foz do Iguaçu, cujo Ensino médio deve regressar no dia 27 de julho. Dessa forma, o Sinepe/PR tem a expectativa de que o retorno das aulas presenciais no estado deva ocorrer, gradativamente, na segunda quinzena de agosto – cerca de 150 dias após a suspensão decretada em 20 de março.

A entidade reforça que a volta às aulas já começa a se desenhar em todo o país. Algumas cidades já estabeleceram até as datas para um possível retorno, como Manaus (AM) - que registrou números ainda mais graves de fatalidades na pandemia - que demonstra atualmente uma gestão municipal muito organizada. Confira a previsão de reabertura das escolas particulares no Brasil:

DISTRITO FEDERAL - O Decreto nº 40.939, de 02 de julho de 2020, volta a valer, permitindo a retomada das aulas presenciais para o dia 27 de julho.

GOIÁS - Estado aplica lockdown desde o dia 30 de junho, com proposta “14 por 14”. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) pretende retomar as aulas em 17 de agosto.

MARANHÃO - Governador anunciou que a retomada pode acontecer a partir de 1º de agosto.

MATO GROSSO - Governador anunciou que a retomada pode acontecer a partir de 3 de agosto.

MATO GROSSO DO SUL - Representantes das escolas particulares, da prefeitura de Campo Grande e do Ministério Público Estadual anunciaram a retomada das atividades presenciais para 24 de agosto.

MARABÁ - Marabá pretende voltar em agosto. O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, pretende reabrir as escolas em setembro.

RIO DE JANEIRO - Angra dos Reis divulgou previsão de retorno às aulas presenciais em 17 de agosto.

RIO GRANDE DO NORTE - Estado pretende voltar em 14 de agosto.

RIO GRANDE DO SUL - Estado pretende voltar em agosto. O governo abriu consulta pública para entidades sociais votarem acerca do retorno presencial, aberta até 12 de julho.

SÃO PAULO - Estado de São Paulo anuncia retorno em 8 de setembro

TOCANTINS - Estado pretende voltar em 3 de agosto

Fonte: FENEP

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