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Instituto autoriza o uso de espaços científicos para a realização de ensaios com finalidades acadêmicas. Um exemplo é a doutoranda em Física da UFPR, que desde o ano passado utiliza as dependências do Centro de Tecnologia de Materiais para fazer estudos com polímeros conjugados e fulereno.

Estudantes paranaenses de graduação e pós-graduação contam com o apoio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas que necessitem de equipamentos e laboratórios especializados. De maneira colaborativa, o Tecpar autoriza o uso de espaços científicos para a realização de ensaios com finalidades acadêmicas.

O diretor-presidente do Instituto, Fábio Cammarota, explica que ao longo de sua história o Tecpar sempre foi reconhecido pelo forte apoio à pesquisa científica e tecnológica. Nesta gestão, afirma ele, a prática está sendo retomada, como uma forma de valorizar os pesquisadores paranaenses e promover a inovação no Estado.

 “O Paraná é um grande celeiro de mentes brilhantes, que muitas vezes só precisam de uma estrutura adequada para desenvolver suas pesquisas. Aqui no Tecpar, além de utilizar o espaço físico, os estudantes contam com a orientação técnica de nossos experientes pesquisadores”, enfatiza Cammarota.

Descoberta

Uma das pesquisas em andamento é da aluna de doutorado em Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Deize Grodniski. Desde o ano passado ela utiliza as dependências do Centro de Tecnologia de Materiais para fazer estudos com polímeros conjugados e fulereno, sob a supervisão da colaboradora Luciana Barreto Adad, mestre em Engenharia e Ciência dos Materiais. Os fulerenos são uma família de moléculas simétricas e compostas por dezenas de átomos de carbono.

“Tudo surgiu de uma conversa minha com o orientador da Deize, que me perguntou se tínhamos como medir pequenas variações de temperatura em uma solução de pequeníssimo volume de polímero condutor de eletricidade”, diz Luciana, referindo-se a Malus Koehler, que é doutor em Física e professor da UFPR.

Para Koehler, a cooperação entre Tecpar e a UFPR é importante para o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas que traz benefícios para ambas as partes. “É uma oportunidade de nos integramos à indústria. Na universidade estamos limitados ao campo acadêmico. Quando for publicado, este trabalho também vai carregar o nome do Tecpar”, diz o professor.

Inovação

Segundo Deize, a pesquisa em andamento estuda o aquecimento de polímeros expostos ao laser, para determinar qual a variação da temperatura do elemento diante desta exposição. Os polímeros são macromoléculas formadas pela repetição de pequenas e simples unidades químicas, denominadas de monómeros.

“O uso do fulereno associado ao polímero conjugado facilita a criação de cargas elétricas para a produção de células solares orgânicas e leds orgânicos. No entanto, nessa ligação o fulereno aquece o polímero conjugado. Este aquecimento é o objeto da minha pesquisa”, diz a doutoranda.

A pesquisadora explica, ainda, que uma das aplicações do estudo é fazer com que esta reação negativa de aquecimento possa ser aplicada de maneira proveitosa, especialmente na área de tratamentos de saúde. Para isso, ela está analisando a possibilidade de usar as altas temperaturas para destruir células tumorais (terapia fototérmica) com a aplicação do laser, que é inofensivo às células saudáveis.

 “Agradeço muito este apoio do Tecpar, que está facilitando muito meus estudos. Muitas vezes, na universidade não podemos contar com toda a estrutura para a realização de pesquisas. O Tecpar me abriu as portas sem hesitar, sem impor barreiras. Isso significou um salto na minha pesquisa, não só pelo uso do espaço, mas com apoio que recebo de toda a equipe, sempre receptiva”, pontua Deize.

Ascom/Tecpar

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