No esporte já se viu um pouco de tudo. Ou quase. Numa disputa, cada atleta externa a insatisfação de um modo, seja com gritos, gestos ou atitudes. Por vezes, legal ou engraçado. Em outros, de maneira intempestiva e irracional. Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, um caso chamou a atenção devido a deslealdade e o despropósito. O cubano Angel Valodia Matos, insatisfeito com as marcações do árbitro, simplesmente partiu para a agressão ao juiz do combate.
A cena inesperada ocorreu ao fim da disputa do bronze contra Arman Chilmanov, do Cazaquistão, na categoria acima de 80kg do taekwondo. Após ser desclassificado quando vencia o combate por 3 a 2, o cubano não aceitou a decisão e começou a gritar ofensas ao árbitro central, Chakil Chelbat, da Suécia. Descontrolado, desferiu um chute na cabeça e, não satisfeito, ainda deu um soco no peito de um dos juízes laterais. Além de ter sido eliminado da disputa, ele e seu treinador foram banidos do Taekwondo.
O cazaque Arman Chilmanov, medalhista olímpico e personagem secundário deste triste episódio do esporte, está em Londrina com a Seleção de seu país fazendo treinamentos e intercâmbio no CT Madureira e lembrou o fato ao técnico da Seleção Brasileira de Taekwondo, Fernando Madureira. “Foi um fato lamentável que vai contra tudo aquilo que o esporte prega. A Federação Internacional de Taekwondo deu um bom exemplo com a decisão à época. E hoje, resta lembrar do episódio para ficar na memória. Alheio a isso, é uma honra para Londrina receber um medalhista olímpico internacional, para contar sua experiência e fazer um intercâmbio com os atletas brasileiros”, destaca.
Guilherme Lima/Assessoria de Imprensa
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