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Após ouro nas olimpíadas, paracanoagem brasileira pode chegar na final em Tóquio com Drica Azevedo, uma das grandes apostas do esporte náutico

As Olimpíadas levantaram uma questão muito importante: o investimento necessário para que os atletas possam realmente viver do esporte. Com a chegada das Paralimpíadas, que começa no dia 24 de agosto, surge um novo questionamento: ainda que com desempenho melhor, com quais recursos esses profissionais se mantém até a competição? Com 72 medalhas registradas na Rio 2016 e alta de 67,4% em relação ao mês anterior, a verdade é que o Brasil é uma das grandes potências dos Jogos Paralímpicos em Tóquio.

Uma história em questão chama a atenção, a da atleta de paracanoagem Adriana Azevedo, a Drica. Sua história começou na natação de 1996 a 2016, quando finalmente migrou para a atual modalidade onde alcançou a verdadeira ascensão em 2017. Com a natação ela foi campeã Brasileira, Campeã Mundial e vice campeã Parananamericana.

Atualmente, Drica tem 43 anos, é casada, mãe, avó e dona de casa. Com maestria, ela equilibra todas essas funções, principalmente ao cuidar de seu filho mais novo, o Benício, diagnosticado com autismo. Ainda que com uma rotina pesada, Drica irá participar pela segunda vez dos jogos Paralímpicos.

Para chegar a Tóquio, os treinos são intensos, duas vezes ao dia, de segunda à sábado. Para chegar ao local do treino, uma lagoa, ela ainda percorre um caminho de 1h de ônibus, incluindo uma boa caminhada de cadeira de rodas até seu destino final. Para se dedicar ainda mais ao esporte, Drica vendeu carro, casa e outros bens, para alugar um sítio com uma represa, tudo isso para focar nos treinos.

Mesmo que sem investimentos, sem incentivo e com poucos recursos, a atleta recolhe um bom currículo: Campeã Brasileira de Paracanoagem no ano de 2017 e 2019 e  Vice-campeã Brasileira em 2018; Campeã Copa Brasil 2017, 2018, 2019 e 2020; Campeã Paranaense 2019; Vice-campeã Sul-americana 2017, Semifinalista República Tcheca 2017, Finalista na Copa do Mundo de Paracanoagem. e claro, qualificada para os Jogos Paralímpicos do Rio e Tóquio.

Recentemente, a esportista conseguiu um patrocínio da agência de comunicação VCRP Brasil, que contempla recursos financeiros e entregas por meio dos três braços de atuação da agência: relações públicas, marketing digital e conteúdo estratégico. Com o dinheiro, Drica pretende investir em um novo celular e uma cadeira de rodas motorizada.

Hadassa Nunes/Asimp

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