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Após 24 anos sem representantes na modalidade, Gideoni Monteiro classifica o País para a Omnium, prova mais complexa do cronograma

Há exatos cinco meses da abertura dos Jogos Olímpicos, o ciclismo brasileiro está em festa. Gideoni Monteiro garantiu no sábado (5) uma vaga para o País na Omnium da Rio/2016, prova mais complexa do ciclismo de pista, com seis corridas em dois dias de competição. A classificação veio no último dia do Campeonato Mundial da modalidade, que estava sendo disputado em Londres, na Inglaterra. 

A última participação do Brasil em uma prova de Ciclismo de Pista nas Olimpíadas havia sido há 24 anos, com Fernando Louro, na prova por pontos, em Barcelona/1992. O Mundial na Inglaterra era a última oportunidade para os ciclistas somarem pontos no ranking olímpico da UCI e apenas os 18 melhores países carimbavam passaporte para o maior evento poliesportivo do mundo. Gideoni encerrou a prova na 18ª posição, colocando o Brasil em 15º lugar no ranking olímpico, a frente de grandes adversários, como Espanha, México e Canadá.

"Estou muito feliz de conseguir essa vaga olímpica. Foram dois anos de muita luta. Agradeço a todos que me ajudaram. Boa parte dos ciclistas que vão para osJogos estavam aqui em Londres, então foi muito bom encarar essa pequena prévia. Tivemos mais um dia muito complicado, mas fui conversando com o técnico e consegui me manter centrado para somar os pontos necessários para garantir a vaga", contou Gideoni, que também será o primeiro brasileiro a representar o país na Omnium, prova que entrou para o cronograma do ciclismo de pista apenas na Olimpíada de Londres/2012. "A responsabilidade é grande e a pressão só vai aumentar daqui para frente, mas estou motivado e focado para poder representar muito bem o meu país”.

Depois de um primeiro dia de provas muito difícil, com três corridas bastante competitivas, Gideoni voltou ao velódromo de Londres para mais três corridas neste sábado. No 1 Km contrarrelógio e na flying lap (volta lançada), o brasileiro mais uma vez lutou com todas as forças para superar alguns dos melhores ciclistas da atualidade, mas a experiência dos atletas no circuito mundial novamente pesou e Gideoni terminou na 20ª posição. Na última prova do cronograma, o atleta da seleção brasileira, conseguiu manter um bom ritmo, chegando a liderar a prova em diversos momentos e fechou a prova por pontos em 13º lugar. O grande campeão foi o colombiano Fernando Gaviria, atual campeão pan-americano.

"O ciclismo de pista é definido por detalhes, são meses treinando para abaixar centésimos de segundo nos tempos. É um trabalho muito especifico e cansativo e apesar da confirmação só sair agora, já estamos trabalhando focado nessa classificação olímpica há mais de dois anos. Os atletas e comissão precisam abrir mão da família e amigos para treinar e competir fora do país então não é nada fácil. Assim, estamos muito felizes com a conquista da vaga e não podemos deixar de agradecer a Caixa Econômica Federal por ter acreditado e investido no nosso esporte. Esses são os primeiros frutos de muitos que ainda virão", afirmou Emerson Silva, técnico da seleção brasileira.

Também integraram a seleção brasileira no Mundial na Inglaterra, Flávio Cipriano, Kacio Fonseca e Hugo Osteti, que participaram das provas de velocidade por equipes e 1 km contrarrelógio. Além do técnico Emerson Silva, fazem parte da comissão técnica da seleção brasileira o mecânico Eduardo Oliveira e o fisioterapeuta Jivago Salinet, que não pode ir para Londres, mas acompanha os atletas desde os treinos até as principais competições internacionais.

Vera Barão/Asimp/CBC

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